Apesar da crise financeira internacional, o saldo do ano foi positivo para as empresas brasileiras de tecnologia da informação, atesta o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret. "Mesmo com a crise, os clientes corporativos entenderam que a TI poderia ser um bom instrumento para reduzir custos e aumentar a competitividade. Então, a nossa avaliação é que poucas empresas de TI diminuíram a sua atividade. A grande maioria manteve o seu faturamento ou melhorou. Pouco, mas melhorou", avaliou o dirigente sindical.
Segundo Paret, a crise, contudo, impediu que as empresas de TI registrassem o mesmo desempenho de anos anteriores, quando a expansão do setor chegou a mais de 50% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquesas produzidas pelo país.
Para 2010, o presidente da Seprorj defende que o governo precisa definir mais claramente qual é o papel que a indústria de software terá nos desafios que se vislumbram a partir dos grandes eventos esportivos que se sucederão no país até 2016, como Copa do Mundo e Olimpíadas. É preciso, assinala Paret, que seja definido o legado que essas atividades deixarão para o fortalecimento da sociedade do conhecimento. "Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento econômico, que é o modelo da sociedade do conhecimento, em que o que vale realmente é o agregado tecnológico."
O dirigente sindical diz que esses eventos, bem como a exploração do pré-sal, oderão incrementar o setor de tecnologia da informação, "que será responsável para que essa sociedade do conhecimento tenha um agregado nacional importante". "É isso que nós precisamos ter."
Paret enfatizou que a grande oportunidade para o setor de TI está no mercado interno. "É um mercado em crescimento, em expansão. É esse mercado que temos que trabalhar." As informações são da Agência Brasil.
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