O saldo da balança comercial (exportações menos importações) brasileira de 2005 alcançou US$ 44,76 bilhões. O resultado positivo, 33% maior que o atingido em 2004, se deve ao desempenho expressivo das exportações e importações, segundo dados divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As vendas externas tiveram incremento de mais de US$ 24 bilhões no ano passado e fecharam 2005 com US$ 118,3 bilhões. Já as importações totalizaram US$ 73,545 bilhões no ano passado.
Os produtos manufaturados foram os que obtiveram maior aumento nas vendas externas no ano passado em relação a 2004: 23,5%. 23,5%. Isso ocorreu devido ao crescimento das quantidades embarcadas, principalmente de celulares (99,6%), veículos de carga (50,4%) e automóveis (31,6%). Com desempenho, as manufaturas já respondem por 55,1% da pauta de exportações brasileira.
O secretário de Comércio Exterior do ministério, Armando Meziat, destaca a qualidade das exportações brasileiras. De acordo com ele, o Brasil deixou de ser um país basicamente exportador de matéria-prima e passou a vender também produtos de alta tecnologia bem como os de alto valor agregado.
Os Estados Unidos continuaram como o principal país comprador de produtos brasileiros, com US$ 22,7 bilhões, seguido da Argentina (US$ 9,9 bilhões) e China (US$ 6,8 bilhões). Somente entre os meses de janeiro e novembro de 2005, as vendas de telefones móveis para os EUA cresceram 180%, enquanto a Argentina comprou, no mesmo período, 176,56% mais celulares.
Outro fator importante no ano passado foi o aumento das vendas externas de estados com pequena participação na pauta. Neste período, das 27 unidades da federação, 17 registraram taxas de expansão superior a das exportações brasileiras de 23,1%. Distrito Federal (+106%), Amazonas (+86%) e Amapá (+63,9%), foram os estados com o maior crescimento relativo.