A Hispamar assinou contrato de três anos para aluguel de 4 MHz de capacidade de seu satélite Amazonas para a companhia de petróleo e gás Schlumberger.
A empresa usará o satélite para a comunicação entre suas unidades instaladas em países da América do Sul, principalmente no Brasil e na Venezuela, pois presta serviços para a Petrobrás e para a PDVSA. O valor do contrato não foi revelado.
Segundo o diretor comercial internacional da Hispamar, Ruben Levcovitz, hoje cerca de 400 MHz do Amazonas são utilizados por clientes no exterior. Isso representa 17,5% da capacidade total do satélite.
"Vendemos muito para os EUA e para o Chile, onde uma operadora de DTH usa o Amazonas", relata o executivo.
Um dos mais importantes contratos internacionais fechados pela Hispamar até agora foi com o departamento de defesa dos EUA para aplicações militares. Levcovitz calcula que esse contrato pode gerar cerca de US$ 15 milhões em receita para a Hispamar em quatro anos.
Preços
Dentre as dificuldades de atuar no mercado internacional, o diretor reclamou da existência de uma guerra de preços praticada, segundo ele, por empresas multinacionais que ganham muita receita em alguns mercados e subsidiam os preços em outros.
"Há também empresas com problemas técnicos que vendem sua capacidade a preços baixos porque qualquer contrato é lucro para elas", afirmou. A Hispamar, contudo, não pretende entrar nessa guerra de preços.
"Não é só a capacidade satelital que importa, mas a qualidade do serviço", explicou Levcovitz.