Nos últimos anos as empresas de tecnologia da informação de Santa Catarina têm registrado um crescimento constante, tanto em faturamento como em geração de empregos. A pesquisa mais recente divulgada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) aponta que, de 2000 a 2005, o faturamento médio das empresas cresceu 326% e as vagas de trabalho 280%. A expectativa para 2007 é obter uma crescimento de 17%.
O presidente da entidade, Alexandre d?Avila da Cunha, avalia que este ano será muito bom para as empresas de tecnologia, pois o cenário aponta para o crescimento do PIB do setor. ?Além disso, o bom relacionamento com o governo estadual pode abrir diversas novas frentes que resultem em redução de impostos, oportunidades de mercado e atração de investimentos.?. A pesquisa com o desempenho das empresas no ano de 2006 deve ser divulgada no mês de fevereiro.
Segundo Cunha, em 2007 a Acate pretende continuar participando com voz ativa no Conselho de Entidades de Tecnologia da Informação e Comunicação de Santa Catarina (Cetic-SC), que tem sido o principal fórum de interlocução entre as entidades do setor, os governos estadual e municipais e a sociedade civil organizada. Ampliar o contato com o governo do estado, um dos principais fomentadores das soluções catarinenses de tecnologia, está entre os projetos para o ano. ?Esperamos que nós, empresas catarinenses, possamos participar mais nas compras do governo, compromisso assumido pelo governador e iniciado neste ano com a apresentação das empresas de tecnologia da informação no Ciasc?, ressalta.
Uma das principais ações para 2007, conforme Cunha, é desmistificar a questão da exportação de produtos e serviços desenvolvidos no Estado. Segundo pesquisa da Acate, apenas 2% das empresas catarinenses mantém clientes em outros países. Uma das iniciativas para reverter esse quadro é a formação de uma missão empresarial para a CeBit, na Alemanha, uma das maiores feiras de tecnologia no mundo. ?Em parceria com a Fiesc, esperamos levar um grande número de empresários para a feira. O objetivo não é participar como expositor, mas como visitante, para observar os avanços do setor e as alternativas para internacionalizar as empresas catarinenses?, completa Cunha.
Outro desafio para o ano é manter em funcionamento o programa Juro Zero e ampliar a participação de empresas dos pólos tecnológicos de Blumenau e Joinville no acesso aos financiamentos. Serão investimentos de um total de R$ 20 milhões para Santa Catarina em 18 meses. ?Para manter o Juro Zero em funcionamento ainda será necessário um aporte de mais R$ 1 milhão para o fundo garantidor, que está sendo negociado com o governo do estado através da Fapesc e a SC Parcerias?, finaliza Cunha.