As vendas mundiais de eletrônicos de consumo devem crescer 5% neste e ultrapassar a casa de US$ 1 trilhão – US$ 993 bilhões a mais do que o registrado no ano passado –, de acordo com dados apresentados neste domingo, 8, pela Associação de Eletrônicos de Consumo (CEA, na sigla em inglês), durante a prévia da Consumer Electronics Show (CES), maior e mais tradicional feira de produtos eletrônicos do mundo, que acontece esta semana em Las Vegas, nos Estados Unidos.
A cifra, no entanto, representa uma desaceleração em relação a 2011, já que as vendas devem ficar estagnadas no mercado americano e sofrer queda de 3% na Europa, onde a CEA vê "um risco significativo de recessão". Por outro lado, a entidade avalia que as vendas nos chamados países emergentes devem continuar a crescer e totalizar US$ 482 bilhões. A Ásia deve registrar expansão de 18%, a América do Sul, de 11%, e Europa Central, 9%.
Neste ano, como em 2011, o crescimento se concentrará em dois produtos: smartphones e tablets. Após ter subido 58% no ano passado, o mercado de smartphones deve aumentar 22%. A tendência será por modelos vendidos na faixa de US$ 200, sem subsídio das operadoras. A expectativa é que sejam vendidos 1,68 bilhão telefones neste ano em todo o mundo, sendo que mais de um terço serão de smartphones.
Já para os tablets, que tiveram expansão de 228% em 2011, a CEA prevê um crescimento mais modesto para este ano, de 59%, quando devem ser comercializadas 100 milhões de unidades. Apesar do aumento de dois dígitos, os resultados são distintos. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, a avaliação é que o mercado já está perto de atingir seu pico. Em contraste, as vendas podem mais que dobrar na América do Sul (161%), com a chegada de tablets com Android, por menos de US$ 200. Trinta novos modelos devem ser apresentados nesta semana na CES, além do tablet do Google aguardado para o segundo semestre.