No que pode ser considerado como um "voto de confiança" ao novo CEO John Chen, a BlackBerry recebeu da investidora canadense Fairfax Financial Holdings uma injeção de mais US$ 250 milhões. Esse montante, segundo anunciou a fabricante na quarta-feira, 8, será realizado com a compra das debêntures conversíveis por meio de subsidiárias da Fairfax.
As debêntures representam 6% do total da BlackBerry. Dessa forma, a investidora, que possui atualmente 9,9% do capital da fabricante canadense de smartphones, poderia converter as debêntures em ações, aumentando seu share. De acordo com a Bloomberg, caso nenhuma outra empresa faça a conversão, a Fairfax ficaria com 17,6% de participação. No outro extremo, caso a totalidade de empresas detentoras de debêntures realizem a conversão, a fatia da Fairfax no capital total da BlackBerry seria de 15,6%.
Esse investimento é adicional ao valor de US$ 1 bilhão previamente anunciado em novembro, também com a emissão de debêntures conversíveis por parte da companhia canadense. A BlackBerry espera que a transação recém-anunciada com a Fairfax seja completada até o dia 16 de janeiro.
Não se trata da primeira vez que a Fairfax tenta resgatar a BlackBerry do buraco financeiro em que se encontra – no último balanço financeiro, a companhia reportou um prejuízo de US$ 4,4 bilhões após queda de 24% nas receitas. Diante desse desempenho, a fabricante esteve na corda bamba entre ser vendida durante o ano de 2013 inteiro e uma das negociações mais sólidas foi a tentativa de fechamento de capital por meio de uma oferta de US$ 4,7 bilhões da Fairfax. Entretanto, a financeira não conseguiu levantar os fundos necessários e a transação não deu certo.