O ano de 2025 promete consolidar transformações significativas na área de segurança cibernética, com previsões que vão desde mudanças regulatórias até o impacto da computação quântica. De acordo com Robert Haist, CISO da TeamViewer, as empresas terão que adaptar suas estratégias para acompanhar um cenário em constante evolução, onde a tecnologia desempenhará um papel cada vez mais crítico.
IA no centro das operações de segurança
A inteligência artificial continuará sendo uma peça-chave na segurança cibernética, mas com um foco mais maduro e prático. Segundo Haist, "os últimos anos foram de tentativa e erro, mas em 2025 veremos as empresas buscando retorno real sobre seus investimentos em IA". A automação de tarefas repetitivas, como o gerenciamento de patches e a limpeza de dados obsoletos, será uma prioridade para liberar equipes de segurança para projetos estratégicos, como o planejamento para o mundo pós-quântico.
Revisão de práticas de BYOD
Outro destaque é o possível declínio das políticas de "Traga Seu Próprio Dispositivo" (BYOD). Para Haist, essa prática, introduzida em 2009, não foi pensada sob a ótica da segurança cibernética. Com o aumento das ameaças, muitas empresas reavaliarão essa abordagem, priorizando dispositivos corporativos para mitigar riscos.
Foco em regulamentação global
2025 também será marcado por mudanças significativas no cenário regulatório. Nos Estados Unidos, as novas diretrizes do NIST 2.0 e um potencial movimento de desregulamentação podem afetar o mercado global. Já na Europa, empresas precisarão se adaptar à Lei de Resiliência Operacional Digital (DORA) e à Diretiva NIS-2. Haist enfatiza que os CISOs terão que adotar uma visão global para navegar entre essas regulamentações e proteger a segurança de suas organizações e clientes.
Computação quântica como prioridade emergente
A conscientização sobre a computação quântica se tornará mainstream em 2025. Haist acredita que as empresas começarão a planejar para o "Dia Q", quando os computadores quânticos serão capazes de quebrar algoritmos de criptografia tradicionais. "As organizações devem iniciar a transição para padrões criptográficos pós-quânticos, pois os sistemas atuais se tornarão obsoletos", alerta Haist.
Segurança do trabalho remoto impulsionada por IA
A ascensão de assistentes de segurança baseados em IA promete transformar a proteção da força de trabalho distribuída. Esses sistemas identificarão proativamente ameaças e fornecerão orientações personalizadas, tornando-se uma ferramenta essencial para empresas que operam em modelos híbridos ou totalmente remotos.
Recomendações para o futuro
Haist sugere que as equipes de segurança adotem uma postura de "zeladores cibernéticos", priorizando a manutenção regular de sistemas e a eliminação de dados desnecessários para reduzir superfícies de ataque. Ele também reforça a necessidade de liderança clara e colaboração com entidades governamentais para enfrentar os desafios emergentes.
Preparação para um novo cenário
À medida que tecnologias avançam e regulamentações se diversificam, as empresas precisarão de estratégias flexíveis e de longo prazo para manter sua segurança e competitividade. As previsões de Haist destacam que, em 2025, a adaptação será não apenas uma necessidade, mas um diferencial estratégico no mercado global de segurança cibernética.
Evento debaterá o tema
A TI Inside realiza anualmente o Cybersecurity Forum, evento que reúne os principais e mais influentes profissionais da área de segurança da informação, debaterá questões como o aumento no volume de ataques, legislação, novos modelos de ataques, e desafios para uma cultura voltada para segurança. O evento presencial será no dia 11 de março, no WTC-SP, e está com inscrições promocionais até 30 de dezembro. Para mais informações consulte o site do evento www.cybersecurityforum.com.br ou fale com Andrea pelo fone/WhatsApp 11-3138-4619.
