A Brasil Telecom deve investir entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões para adequar-se aos novos contratos de concessão do STFC assinados no final de dezembro.
Desse montante, R$ 300 milhões referem-se à adaptação pulso-minuto. ?Até julho de 2006 teremos 98% da planta preparada para a nova tarifação?, diz o presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, que participa do Seminário Política em Telecomunicações, realizado em Brasília, nesta quinta, 9/2, pela revista TELETIME e Grupo Interdisciplinar de Políticas, Direito, Economia e Tecnologia das Comunicações da UnB.
O executivo destaca que um complicador para a renovação dos equipamentos é a falta de opções de compra de equipamentos e softwares, já que em todo o mundo não há mais investimentos em redes fixas. ?Os novos equipamentos vêm de países periféricos, como a África?, explica.
A empresa aposta em novos serviços que possam compensar a queda de tráfego da rede fixa, como voz sobre IP, que já está disponível. ?Estamos fazendo testes para a precificação do produto para não canibalizar nossa rede?, diz Knoepfelmacher. Outra aposta é no oferecimento de IPTV..
A operadora já tem condições técnicas para a oferta, embora ainda não haja data para o lançamento do produto para o público.
TV Digital e IPTV
Durante a reunião ontem, na Casa Civil, com o ministro da Comunicações, Hélio Costa, as operadoras fixas sugeriram que o padrão europeu DVB é o preferido pelo setor.
Segundo Knoepfelcher, ainda existem outras questões além do padrão, como as restrições à distribuição e exigência da distribuição ser realizada apenas por empresas brasileiras.
?Não queremos produzir conteúdo ou fazer radiodifusão, mas com a convergência das mídias nossa reivindicação é podermos empacotar a programação e vender pela rede de telefonia?, diz o executivo. Para ele, existe um vácuo na legislação que deve avançar para um novo modelo de negócios, não apenas com a definição do padrão digital, mas com a entrada de novas mídias, como a IPTV.