Estudo recente feito pela International Data Corporation (IDC) mostra que o Brasil é o país que mais utiliza aplicações com IA da América Latina – 63% das empresas usam ferramentas baseadas nessa tecnologia, ante uma média de 47% em toda a região. No cenário industrial brasileiro, uma transformação significativa nos paradigmas operacionais está em curso, impulsionada justamente pela intensa integração da inteligência artificial aos processos.
À medida que a IA se consagra nas operações industriais, áreas que abrangem a previsão de preços de commodities, otimização de processos de compra e gestão de insumos apresentam impactos notáveis. Não à toa, empresas líderes têm adotado análises avançadas para tomadas de decisões precisas e estratégicas. Entre os principais benefícios em cena estão:
Custos aprimorados: automação e análise preditiva identificam oportunidades de economia, otimizando gastos em insumos.
Eficiência operacional: a IA contribui diretamente para a otimização do planejamento de demanda, redução de estoques em excesso e melhoria das rotas de transporte.
Decisões mais assertivas: análises em tempo real fornecem informações cruciais para as empresas se adaptarem rapidamente às mudanças do mercado.
Vários fatores são considerados para a realização de previsões precisas, incluindo índice do dólar, eventos climáticos, combustível, métrica GSCPI (Global Supply Chain Pressure Index), produção de commodities em diferentes regiões e indicadores de atividade econômica. Destaque para o papel crucial do dólar no processo, pois seu enfraquecimento reduz os incentivos para exportação, influenciando as estratégias de compra.
No mercado global de açúcar, por exemplo, em que o Brasil desempenha papel influente, a importância da previsão precisa de preços de commodities para decisões bem embasadas é evidenciada. O setor apresenta flutuações notáveis devido às condições climáticas, safras e oscilações econômicas. Portanto, a previsão de preços permite adaptações ágeis, fornecendo visões mais claras do mercado e de oportunidades emergentes.
Em resumo, precisão e agilidade são essenciais no segmento industrial brasileiro. Ao utilizar a inteligência artificial, as indústrias podem capacitar suas equipes para tomarem decisões estratégicas, impulsionando o sucesso no cenário complexo de supply chain.
Bruno Rezende, CEO da 4intelligence.