A penetração de smartphones na América Latina saltará de 32% para 68% entre 2014 e 2020, prevê a GSMA. Dentre os dez maiores mercados da região, aqueles que terão a maior penetração daqui a cinco anos serão Chile e Venezuela, ambos com 73% (hoje, os percentuais são 36% e 47%, respectivamente). A menor penetração entre os dez maiores mercados será a do Peru: 57%. No Brasil, subirá de 38% para 72% nesse período.
Junto com o avanço dos smartphones, aumentará também a cobertura 4G na região, que em 2020 alcançará 76% da população latino-americana. Em 2014, as redes 4G cobriam 35%. A cobertura 3G, por sua vez, subirá de 88% para 93%. Em 2020, haverá 889 milhões de conexões móveis, das quais 28%, ou 245 milhões, serão 4G.
M2M
Em termos de comunicação máquina-a-máquina (M2M), haverá um crescimento médio anual de 25% da base de conexões entre 2014 e 2020 na região. O Brasil vai liderar, graças, em parte, à política de desoneração para esse serviço. Hoje, a base M2M na América Latina é de 17 milhões, sendo 9 milhões somente no Brasil. Em 2020, serão 66 milhões de conexões M2M na região.
"Outros países da região que taxam as linhas M2M deveriam seguir o exemplo brasileiro", disse Sebastián Cabello, diretor da GSMA na América Latina.
Economia
No período entre 2014 e 2020, as operadoras da região investirão US$ 193 bilhões, prevê a GSMA. O impacto direto e indireto da indústria móvel na América Latina subirá de 4,1% em 2013 para 4,5% em 2020, quando representará US$ 275 bilhões. O número de empregos diretos e indiretos subirá de 1 para 1,3 milhão nesse período.
Os cálculos incluem toda a cadeia de valor móvel, desde as operadoras até fabricantes de terminais, passando por fabricantes de infraestrutura, distribuidores e desenvolvedores de apps.
Em vez de sanções sobre as operadoras, a GSMA sugere que os governos e órgãos reguladores optem por incentivos à indústria móvel. "É preciso atacar as causas, em vez das consequências", disse Cabello.