Num cenário global de evolução e popularização exponencial do mercado de ICOs (Initial Coin Offering), a brasileira Iconic planeja o lançamento de um ecossistema pioneiro para o impulsionamento de negócios e aproximação de investidores em criptomoedas. A proposta é abranger num único ambiente a oferta dos ativos eletrônicos, o trading dos ativos comercializados e os instrumentos necessários para garantir o cumprimento de promessas e obrigações veiculadas, sendo esse o principal diferencial do negócio.
Idealizada por três empreendedores brasileiros, a plataforma utiliza a tecnologia blockchainizada e traz a possibilidade de realização das ofertas com a intermediação de terceiros (Escrow); a disponibilidade da solicitação de auditorias nos projetos; e o potencial de arbitrar conflitos de interesse para a garantia do cumprimento dos deveres de cada oferta. O negócio tem potencial de receita de US$ 27 milhões em 2019 com o início das operações.
"Uma das maiores críticas desse mercado é a falta de segurança, mas os ICOs constituem uma forma muito interessante de projetos e empresas se capitalizarem rompendo as barreiras entre fronteiras. No entanto, por ser algo inovador e em um ambiente descentralizado, criamos uma forma de garantir maior segurança das transações", diz Jonathan Doering Darcie, diretor executivo da Iconic e advogado tributarista de carreira, que, junto com Roger Ilha Moreira, diretor de estratégia e marketing da Iconic e Fiipo Mór, diretor de tecnologia da Iconic, professor universitário e atuação no mercado de TI, se reuniriam para criar a nova plataforma.
A própria Iconic já realizou um pré-ICO, primeiro no Brasil com potencial internacional, e captou em 10 dias o equivalente a R$ 550 mil (1,5% de tokens vendidos). A meta é levantar R$ 7 milhões no ICO que será realizado em 15 de março próximo para implementar o projeto. Cerca de 90% dos investidores do pré-ICO são do exterior. Os investidores que possuírem tokens da Iconic poderão utilizá-los para participar de novos ICOs, para contratação de serviços de Auditoria e Arbitragem e também ofertá-los no mercado secundário no trading da plataforma ou de outras exchanges.
"Todo investimento arrecadado no ICO terá administração de um gestor independente (Escrow) que libera os recursos de acordo com as etapas do projeto. Além disso, vamos criar o NIC, moeda da Iconic, que terá seu valor estabilizado por meio de um fundo de lastro", explica Darcie.
Para conquistar força e solidez, a Iconic irá lastrear os NICs através de uma organização autônoma descentralizada (os chamados DAO, decentralized autonomous organizations), que será uma entidade constituída que vai operar com contratos inteligentes, sendo dirigida pelos próprios titulares dos NICs, sem qualquer interferência ou participação da Iconic.
A Iconic já tem seu primeiro cliente que deve realizar ICO pela plataforma. Trata-se de uma startup de mineração em Lavras do Sul (RS), a SerpN. Sua proposta é extrair o serpentinito encontrado na jazida de 750 mil metros quadrados, um mineral inovador, com ciclo de vida longo, baixo custo e forte apelo sustentável. Pode ser utilizado em produtos para construção civil e agricultura. O ICO tem meta de arrecadar US$ 20 milhões em criptomoedas.