Mais de 162 mil cópias ilegais de software, avaliadas em 18,2 milhões de dólares, foram apreendidas em 14 países latino-americanos e dois europeus, após buscas realizadas pela Interpol e departamentos de polícias e justiça, com apoio da Microsoft e um grupo de empresas do setor de tecnologia.
Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, na América Latina, Espanha e Portugal, na Europa, foram os alvos das ações policiais contra organizações de pirataria de software.
A maioria dos programas de software pirata pré-instalados ou falsificados encontrados nesses países continha versões falsificadas dos produtos mais populares da Microsoft, entre os quais, o Windows Vista e o Microsoft Office.
Também foram descobertas instalações onde se produziam réplicas de CDs de produtos Microsoft falsificados que eram vendidas a clientes de todo o mundo. Um grupo de falsificadores no Paraguai, que utilizava a Internet para exportar software ilegalmente para outros países da América Latina e Espanha, também foi descoberto nas investigações.
"Os criminosos que estão por trás das redes de falsificação são organizados, espertos e estão dispostos a gastar grandes quantias no desenvolvimento de produtos falsificados, para depois distribuí-los em mercados do mundo todo", afirma John Newton, gerente do projeto Intellectual Property Crime (Crimes contra a Propriedade Intelectual) da INTERPOL.
"Pirataria é crime, isso é fato; é imprescindível que coordenemos nossos esforços em todo o mundo a fim de desmantelar as redes criminosas e acabar com essas atividades ilegais", destaca ele.
As autoridades e os especialistas forenses identificaram um grande número de indivíduos que pré-instalam ilegalmente produtos Microsoft não licenciados em computadores montados. No Brasil as investigações estão focadas em cinco regiões do país, indica Eduardo Paranhos, consultor jurídico da Microsoft.
Segundo o executivo, a empresa apóia todas as ações de combate à comercialização de softwares não originais. "Além de apoiar investigações, temos trabalhado para conscientizar nossos clientes sobre os riscos associados à compra de produtos falsificados e as vantagens de adquirir software genuíno por meio dos canais adequados", diz Paranhos.