O Brasil deve encerrar este ano com 104 milhões de acesso em banda larga, de acordo com balanço da Huawei, feito em parceria com a Teleco, divulgado nesta terça-feira, 9. Deste total 82 milhões serão de acessos em banda larga móvel e 22 milhões de acessos em banda larga fixa. Segundo o levantamento, o uso da banda larga em dispositivos móveis saltou 11% na comparação anual e contabilizou 65,7 milhões de acessos em fevereiro, com densidade de 33,3% da população. Foram contabilizados desde celulares e terminais 3G, com exceção de terminais M2M, seguindo o critério da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O crescimento é inferior aos 59% registrados no ano passado. Até o fim de 2012, um em cada cinco aparelhos no país já operava em 3G (também excluindo os terminais M2M).
A receita das operadoras com a transmissão de dados móveis continua a crescer aceleradamente, estimulada pelo aumento nas venda de smartphones. Houve aumento de 28%, em média, no consolidado de 2012. "A média de preços no Brasil para pacotes de dados continua acima dos valores praticados em outros países. No pacote de 2GB, por exemplo, o preço médio no país é de R$ 68,30, enquanto que a Vodafone (Reino Unido) cobra o equivalente a R$ 49,40", comenta o CTO da Huawei, José Augusto de Oliveira Neto. Para ele, a carga tributária e a taxa de câmbio são as principais causas dessa diferença.
Com o início das operações comerciais das redes de alta velocidade de quarta geração previsto para este ano, o Brasil entra para o grupo de 63 países que dispõe dessa tecnologia, uma vez que o governo já deu os primeiros passos para um novo destino da faixa de frequência de 700 MHz. Conforme o relatório, já há movimentos da parte de algumas operadoras em implantar redes LTE também na faixa de 450 MHz. São operadoras que obtiveram o direito de uso desta frequência no ano passado, quando venceram as licitações do espectro de 2,5 GHz e assumiram também o compromisso de cobertura de banda larga nas áreas rurais. Pelo maior alcance de cobertura na frequência de 450 MHz, a tecnologia LTE tende a proporcionar menor custo de implantação de redes de dados nestas áreas, tendo em vista também a futura necessidade de atender maior capacidade de tráfego de dados.
Vale lembrar que o LTE 450 ainda está em processo de padronização pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), com conclusão prevista para "meados de 2013".
O balanço também mostra que cerca de 60% dos 5.565 municípios no Brasil eram atendidos pela banda larga móvel em fevereiro, equivalente a 88% da população. O número é superior à meta de 83% estabelecida pela Anatel para 2016. Para medi-lo, são consideradas apenas as cidades com ao menos 50% de seu território com o acesso.