O Figure 1, aplicativo para que profissionais da área médica e de enfermagem compartilhem casos clínicos e discutam sobre tratamentos de forma segura e em tempo real, desembarca no Brasil. Nesta comunidade é possível pesquisar sintomas, trocar ideias, receber informações e encaminhar imagens para outros profissionais da saúde ao redor do mundo com o intuito de disseminar conhecimento e informações importantes sobre o tratamento de problemas de saúde de forma integrada e global, preservando a privacidade dos pacientes.
A empresa, que é a primeira desse gênero no mundo, já é usada atualmente por mais de 150 mil médicos e profissionais da área. No Brasil mais de 400 mil médicos exercem a profissão, e a expectativa é que a ferramenta se torne canal de informação para profissionais brasileiros da saúde se conectarem de forma instantânea e trocarem informações sobre casos médicos no Figure 1.
A chegada do Figure 1 no Brasil marca a entrada da empresa na América Latina, que já se destaca com potencial de crescimento global. A empresa recebeu, entre aporte semente e Serie A, US$ 4,66 milhões, liderado pela Union Square Ventures, investimento usado para melhorias da plataforma e expansão internacional.
"A medicina é um campo visual e há muito a ser aprendido das imagens médicas. O aplicativo Figure 1 é uma ferramenta que capacita o médico a ter ainda mais conhecimento na palma da mão", afirma o Dr. Joshua Landy, médico especialista que desenvolveu o conceito do Figure 1 ao perceber como os médicos e residentes discutiam e analisavam imagens para um melhor tratamento. "Acredito que a ferramenta vai ajudar efetivamente os brasileiros a compreenderem, compartilharem e falarem sobre uma ampla variedade de descobertas médicas, ao mesmo tempo em que preserva a identidade do paciente", completa o executivo.
O APP considera que o perfil social dos profissionais brasileiros da área mostra um potencial de crescimento significativo na região. Segundo o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, hoje, além dos mais de 400 mil médicos ativos, 16,5 mil alunos se formam em medicina por ano em cerca de 180 instituições de ensino. Igor Vaz, estudante de medicina que já começou a utilizar o aplicativo no Brasil explica sobre a utilidade da ferramenta, "o Figure 1 me ajudou a aprender sobre doenças que não são comuns no Brasil – como queimaduras por gelo. Eu aprendi bastante coisa sobre doenças ao redor do mundo e suas manifestações".
O app funciona como uma rede digital de compartilhamento de foto, onde os interessados se unem para dividir casos médicos. Todo protocolo de confidencialidade e moderação passa pela aprovação de um time dedicado da companhia, garantindo o anonimato do paciente. A companhia trabalhou com advogados brasileiros para se certificar de que o aplicativo estava de acordo com as leis do país, há inclusive formulário de consentimento em português para a postagem da imagem ser autorizada. Além disso, há uma ferramenta de bloqueio facial que reconhece e bloqueia o rosto de pacientes automaticamente e uma ferramenta que propicia aos profissionais bloquear marcas que podem identificar pacientes, como tatuagens, por exemplo. Assim que um caso é postado, a comunidade pode ver e comentar, criando uma rede de conhecimento para compartilhar e discutir aspectos de diferentes enfermidades. O aplicativo,está disponível para sistemas operacionais iOS e Android e também pela web.
Sobre o Figure 1
Fundada em 2013, o Figure 1, empresa que desenvolve aplicativo de compartilhamento de imagens para profissionais da área médica e de enfermagem, tem sede em Toronto, no Canadá. A empresa, liderada pelo médico Joshua Landy, o jornalista Gregory Levey e o desenvolvedor Richard Penner, é fruto de uma ideia que pudesse reunir profissionais de saúde para aprender e discutir todos os casos que estavam cuidando, protegendo a privacidade do paciente.
Ao estudar o comportamento do fluxo de trabalho de médicos recém-formados e estudantes, o dr. Joshua Landy chegou à conclusão que esses profissionais já estavam compartilhando casos e imagens por SMS, e-mail ou whatsapp, sem a proteção da privacidade do paciente. O Ele é usado hoje por mais de 150 mil profissionais de saúde em milhares de hospitais em todo o mundo. Em dezembro de 2013, recebeu um aporte de capital de US$ 1,5 milhão e no começo de 2014, a empresa levantou uma rodada série A no valor de US$ 3,16 milhões, liderada pela Union Square Ventures – que também investiu no início das operações do Twitter, Tumblr, Zynga e Kickstart.
Uma ferramenta que contribuirá para aumentar a capacidade diagnóstica do profissional médico.