À medida que entramos na nova era do Open Finance, vislumbramos oportunidades sem precedentes para ampliar o acesso aos serviços financeiros e promover maior equidade econômica. O conceito, que representa a abertura e compartilhamento de dados entre diferentes instituições, beneficia consumidores e empresas, além de criar terreno fértil para fintechs atuarem na promoção da inclusão social – uma demanda urgente.
No contexto brasileiro, ainda marcado por altos índices de exclusão financeira, temos a responsabilidade de preencher essa lacuna. Como empresas inovadoras, temos nos destacado na criação de soluções acessíveis e adaptadas às necessidades dos diversos segmentos da população. Na vanguarda do Open Finance, podemos ampliar nosso impacto e alcançar comunidades à margem de instituições e bancos tradicionais.
Um exemplo concreto do potencial das fintechs no sistema financeiro aberto é a oferta de crédito para pessoas de baixa renda ou com histórico limitado. Por meio do acesso a dados financeiros mais abrangentes e de ferramentas de análise de dados avançadas, é possível avaliar o risco de crédito de forma mais precisa, oferecer empréstimos com taxas de juros justas e condições mais acessíveis.
Além disso, as fintechs têm desempenhado papel crucial na educação financeira da população, fornecendo informações e ferramentas que auxiliam na tomada de decisão consciente e responsável em relação às finanças. Aplicativos e plataformas intuitivas, por exemplo, têm contribuído para aumentar a alfabetização financeira e empoderar os consumidores a fazerem escolhas mais informadas.
No entanto, é importante destacar que o sucesso do Open Finance e da inclusão financeira no Brasil não depende apenas da atuação das fintechs, mas sim de um ecossistema que promova segurança, privacidade e interoperabilidade dos dados financeiros. É fundamental que autoridades reguladoras e empresas do setor trabalhem em conjunto para desenvolver diretrizes que garantam a proteção dos consumidores e a integridade do sistema.
Ainda há um longo caminho pela frente. Entre desafios e oportunidades, o papel das fintechs é o de pavimentar o caminho para um sistema financeiro mais inclusivo, transparente e eficiente. Porém, é crucial que reguladores e instituições financeiras tradicionais também abracem essa transformação, garantindo que os benefícios do Open Finance sejam verdadeiramente alcançados por todos.
Cristiano Maschio, CEO da Qesh.