Mesmo com a compra de três empresas no ano passado, a BRQ, fornecedora brasileira de serviços de TI, pretende manter sua estratégia de crescimento não orgânico e adquirir uma e duas empresas neste ano. Para tal, a empresa vai dispor de um capital de investimento que gira em torno de até R$ 10 milhões. Os recursos para as aquisições serão provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o presidente e fundador da BRQ, Benjamim Quadros, o principal objetivo da empresa com a compra de outras companhias, somada ao seu crescimento orgânico, é obter ganho de escala nas negociações, aumentando a sua competitividade no mercado nacional.
A estratégia de ganhar participação de mercado por meio de aquisições vem se mostrando efivaz para a BRQ que, apenas no ano passado, aumentou seu faturamento em cerca de R$ 46 milhões. A empresa adquiriu a ThinkInternational e a Prodacon, ambas em maio, as quais contribuíram com receitas de US$ 8 milhões e R$ 9 milhões, respectivamente. Posteriormente, em setembro, a BRQ comprou a AMS, que colaborou com faturamento de R$ 18 milhões.
A meta é atingir faturamento de R$ 1 bilhão em quatro anos e passar a disputar de igual para igual contratos de serviços com grandes fornecedores de serviços do setor como Accenture e IBM. "Queremos nos tornar a melhor empresa de serviços de TI do Brasil, por esse motivo estamos realizando esse processo de consolidação", revela Quadros, ressaltando que a BRQ quer comprar tanto pequenas quanto grandes empresas.
Apenas para este ano, a BRQ tem a expectativa de faturar R$ 220 milhões, o que representa crescimento de cerca de 22% na comparação com 2008, quando obteve receita bruta de R$ 180 milhões.
Apesar de ter comprado uma empresa nos Estados Unidos no ano passado e de ter aberto um escritório em Madrid, na Espanha, Quadros avalia que o foco principal da empresa neste momento é atuar com força no mercado interno, na busca por aumentar a sua participação. Por esse motivo, as aquisições de novas empresas tendem a ser de companhias nacionais.
Além das compras, a BRQ pretende crescer também por meio da expansão de sua atuação no país, e o principal movimento nesse sentido foi a abertura de uma fábrica em Fortaleza. "Queremos aumentar nosso market share no mercado brasileiro e colar na Accenture e IBM", admite Quadros.
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