Os novos clientes dos bancos oriundos da chamada geração Y, jovens nascidos a partir da década de 80, exigirão grandes esforços das áreas de TI dos bancos na busca para oferecer novos serviços e, principalmente, inovações. Essa é a opinião unânime de executivos de bancos, ao falarem durante a abertura do Ciab 2010, congresso e exposição de tecnologia da informação para instituições financeiras, que acontece até sexta-feira, 11, em São Paulo.
O vice-presidente de TI do Banco Itaú, Alexandre de Barros, observa que a geração Y desperta forte interesse dos departamentos de tecnologia dos bancos. "É um desafio para as instituições financeiras se prepararem para atender essa nova geração", disse o executivo.
Para o presidente da Federação Latino-americana de Bancos (Felaban), Ricardo Marino, para suportar essa demanda, o investimento dos bancos em TI deverá ser superior e mais vital do que o foi nas duas últimas décadas.
Essa opinião é corroborada pelo chefe do departamento de TI do Banco Central, José Antônio Neto, que ressaltou a necessidade das instituições financeiras investirem na modernização da TI e na inovação para se adequarem a este novo cenário. "Esse novo cliente exige soluções inovadoras e se adapta rapidamente às mudanças e os bancos precisam se preocupar para acompanhá-los", afirma.
Neto disse ainda que o primeiro impacto da geração Y no mercado financeiro será sentido pelos bancos de varejo e o Banco Central terá de acompanhar o movimento destes de perto para, num segundo momento, estudar a necessidade de algum tipo de regulamentação.
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