Ainda são muito preliminares as conversas entre o Ministério das Comunicações e os Correios para definir a atuação da estatal de serviços postais no Plano Nacional de Banda Larga. Sabe-se que o ministro das Comunicações Paulo Bernardo já provocou os Correios a encontrarem algumas possibilidades de atuação. Entre as hipóteses que estão sendo cogitadas está o uso das cerca de 7,5 mil lojas dos Correios para comercializar os serviços de banda larga dos provedores parceiros da Telebrás, mas não se descarta a possibilidade de que a própria estatal, onde não houver provedores locais, atue como tal, no modelo de lan house.
MVNO
Já o projeto dos Correios de criarem um serviço de operadora móvel virtual (MVNO) está mais avançado, e inicialmente será para uso interno da estatal, com uma rede móvel virtual própria atendendo carteiros e agentes de campo. A vantagem para os Correios seria a possibilidade de compra de minutos das operadoras no atacado. Ainda não estão definidos os modelos de operação virtual para o grande público, ainda que essa seja uma possibilidade concreta. A maior dificuldade seria a de encontrar um modelo de remuneração viável, já que o pagamento compulsório de VU-M tem aparecido como um complicador em todas as modelagens para operadoras virtuais que atendam o público geral, sobretudo porque a interconexão limita a possibilidade de os Correios concorrerem em preço com as demais operadoras e a estatal não pensa na oferta de serviços de nicho ainda. "Com essa regra de VU-M, é difícil uma operação virtual ser rentável", diz uma fonte.
- Plano Nacional de Banda Larga