A fabricante de smartphones chinesa Xiaomi fez sua estreia na bolsa de valores de Hong Kong abaixo do esperado, nesta segunda-feira, 9, informou a Agência Reuters. O IPO da quinta maior vendedora de celulares do mundo, buscava avaliações de até US$ 100 bilhões e levantar US$ 10 bilhões. No entanto, ao fim, sua avaliação foi de R$ 54 bilhões, com isso captou US$ 3,05 bilhões na IPO.
A empresa se complicou ao responder a 84 questionamentos feitos pelos reguladores da bolsa de Hong Kong. Uma das dificuldades foi fazer com que os reguladores entendessem como uma empresa que tem 70% de sua receita em venda de smartphones se lançasse como uma empresa de Internet, colocando-a a um preço mais alto do que a Tencent Holdings.
A Xiaomi prometeu manter sua margem bruta em apenas 5% para garantir que seus produtos tenham um bom preço para os consumidores, mas isso exige que a empresa encontre outras maneiras de monetizar e direcionar para outros mercados os seus serviços. No Brasil
A chinesa também oferece um extenso leque de produtos desenvolvidos por terceiros, como alto-falantes inteligentes e itens não tecnológicos que incluem bolsas e canetas, que vendem diretamente à sua base de consumidores, usando seus sites de comércio eletrônico e marca Mi.
Outro impulso principal é seu plano de expansão internacional. A China continua a representar a maior parte de sua receita, embora isso esteja diminuindo. Para as vendas de 2017, a China representou 72%, mas foi de 94% e 87% em 2015 e 2016, respectivamente. Um mercado que fez progressos significativos é a Índia.
No Brasil, após uma incursão chefiada pelo brasileiro Hugo Barra, vice-presidente internacional da Xiaomi, que anunciou fabricação de seus smartphones em maio junho de 2015 não decolou. Em abril do ano passado, o executivo foi contratado pelo Facebook em São Francisco, para liderar a área de produtos de realidade virtual.