A implantação do projeto de Registro de Identidade Civil (RIC), que envolve a criação de documentos com chip e a emissão de 170 milhões de carteiras de identidade digitais, consumirá aproximadamente US$ 800 milhões, cerca de R$ 1,4 bilhão. A despesa ficará a cargo do governo.
"É um valor relativamente pequeno, se for levado em consideração que os bancos investem R$ 1 bilhão por ano em tecnologia para garantir a segurança na identificação dos clientes, de acordo com a Febraban [Federação Brasileira de Bancos]", ponderou Paulo Ayran, assessor do O Instituto Nacional de Identificação (INI) da Polícia Federal.
Até o fim deste ano, por meio de um projeto piloto, o INI pretende emitir entre 100 mil a 200 mil carteiras de identidade com chip, o que vai permitir ao cidadão exercer todos os seus direitos com um único documento. Ainda não está prevista, no entanto, a data de início da emissão dessas carteiras (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). O número, entretanto, é muito inferior à previsão inicial, que previa a emissão de 2 milhões de documentos digitais de indetidade ainda neste ano.
A previsão é que, em nove anos, todos os documentos emitidos no Brasil sejam digitais. Atualmente, dos 26 estados brasileiros, 19 já estão conveniados e outros 5 manifestaram o interesse de se credenciar. O comitê responsável pelo novo documento foi instalado na quinta-feira, 5. Esse comitê voltará a se reunir no dia 25 próximo para começar as discussões sobre o cartão a ser adotado, com base em um modelo já desenvolvido pelo Instituto Nacional de Identificação.
Segundo o INI, além de simplificar a vida do brasileiro, o RIC traz dispositivos contra a falsificação, o que evitará fraudes com o roubo da carteira de identidade. O novo documento também permitirá a criação de um banco de dados único com as digitais dos brasileiros, compartilhado entre os órgãos de segurança dos estados e dos municípios. Com informações da Agência Brasil.
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