A Câmara dos Deputados lança nesta quinta-feira, 11, o Sistema de Informações Eleitorais (Siele), que visa facilitar a análise de dados relativos às eleições gerais de 2010 e 2014. O sistema também prevê a inclusão dos dados das eleições municipais de 2016, após sua realização.
A Consultoria Legislativa da Câmara (Conle), em parceria com o Centro de Informática (Cenin), trabalhou para criar um novo banco de dados e um sistema com interfaces mais amigáveis do que o divulgado a cada eleição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com informações detalhadas sobre os candidatos, suas respectivas campanhas e os resultados nas urnas. O objetivo foi facilitar estudos e comparações dos dados armazenados pelo TSE, inicialmente para auxiliar as atividades da Comissão Especial da Reforma Política, instalada em fevereiro de 2015. Agora, o Sistema de Informações Eleitorais passa a ficar disponível a todos os usuários do portal de internet da Casa.
Com patrocínio da Diretoria Legislativa (Dileg) e da Diretoria Administrativa (Dirad), o trabalho contou com o apoio dos professores Bruno Wilhelm Speck e Wagner Pralon Mancuso, da Universidade de São Paulo (USP), que contribuíram na definição dos parâmetros do sistema. O Siele foi um dos 12 finalistas do 19º Prêmio Excelência em Inovação na Gestão Pública, promovido pela organização do 22º Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública.
O sistema reúne dados das eleições de 2010, 2012 e 2014 e permite levantar informações sobre a idade, sexo e etnia dos candidatos de forma cruzada com os locais das candidaturas, partidos e desempenho nas urnas. Também é possível pesquisar dados sobre a prestação de contas das campanhas, entre vários outros tipos de busca. Para as eleições de 2012 foi feita a integração de dados sobre municípios, capitais e faixa populacional oriundos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o Siele, a Conle pretende colaborar para os trabalhos da área política, especialmente lideranças e gabinetes parlamentares, bem como das áreas técnico-administrativa e de formação e pesquisa, como, por exemplo, a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) e o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor). Com o acesso para o público em geral, via internet, o sistema terá como beneficiários candidatos, partidos, cientistas políticos, jornalistas e outros estudiosos do assunto. As informações são da Agência Câmara.