O megainvestidor ativista Carl Icahn pressionou a Apple, novamente, a recomprar mais ações, alegando que a fabricante americana está subvalorizada no mercado de hoje e que seus papéis refletem "uma desvalorização maciça", apesar dos ganhos deste ano, e que a subvalorização provavelmente "não vai durar por muito tempo".
Em carta publicada nesta quinta-feira, 9, em seu site denominado "Shareholders' Square Table" — criado para promover o ativismo dos acionistas — e enviada ao CEO da Apple, Tim Cook, Icahn pressionou o Conselho da Apple a dar início a uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) usando parte de seus US$ 133 bilhões em caixa. Segundo ele, a medida pode acelerar e aumentar significamente a magnitude da recompra de ações.
"Quanto mais ações recompradas agora, mais cada acionista remanescente será beneficiado do crescimento nos lucros", declarou o megainvestidor na carta, de acordo com informações do The Wall Street Journal.
Em resposta, a Apple disse que já está retornando mais capital para os acionistas, mais do que nunca. Ao longo dos últimos dois anos, a companhia disse que voltou US$ 74 bilhões aos acionistas por meio de recompras, dividendos e outras ações, e que estima que esse total supere US$ 130 bilhões até o fim de 2015.
Icahn, que detém cerca de 53 milhões de ações da Apple, no ano passado já pressionou, por várias vezes, a fabricante a retornar mais de seu dinheiro para acionistas e a aumentar seu programa de recompra de ações. O primeiro investimento de Icahn na Apple foi realizado em agosto de 2013, quando aplicou mais de US$ 1 bilhão na empresa.