Como parte das negociações para adquirir a EMC, a Dell estaria oferecendo cerca de US$ 33 por ação da companhia, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto disse à Bloomberg News. A proposta inclui as ações ordinárias ("designer stock") da VMware, avaliadas em cerca de US$ 8 a ação, que seriam emitidas aos acionistas da EMC, segundo a mesma fonte. O acordo pode ser anunciado na próxima segunda-feira, 12.
Na quinta-feira, 8, surgiram novos rumores de que a fabricante de PCs estaria buscando levantar US$ 40 bilhões junto a grandes bancos para financiar o negócio, já que ela assumirá participação majoritária na fusão. Entre os bancos que teriam sido abordados pela Dell sobre o financiamento estão o JP Morgan Chase & Co., Barclays, Bank of America, Credit Suisse Group AG e Deutsche Bank.
A fusão, se concretizada, reunirá o maior fornecedora de sistemas de armazenamento e a segunda maior fabricante de servidores, globalmente. A união dos ativos das duas empresas não só criaria um colosso de computação como as ajudaria a enfrentar a desaceleração da demanda de seus respectivos mercados, já que a indústria passa por transformações profundas provocadas pela expansão da computação móvel e em nuvem.
A Dell, que fechou seu capital em 2013, numa operação avaliada em US$ 25 bilhões, irá utilizar a fusão para expandir sua linha de produtos de armazenamento de dados high-end e tentar atrair clientes da HP e outros rivais. Para EMC, o acordo resolve o problema da sucessão do CEO Joe Tucci, que havia programado sua aposentaria para fevereiro deste ano, e o impasse com o fundo de hedge Elliott Management Corp., que é administrado pelo controvertido bilionário Paul Singer, que adquiriu uma participação de 2% na EMC. O fundo tem pressionado a empresa a fazer o spinoff (cisão) da VMware, empresa líder mundial em sistemas de virtualização que hoje pertence à EMC.