Moldando a marca pessoal na era da Inteligência Artificial

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Com o avanço acelerado da Inteligência Artificial, o mercado de trabalho vem passando por transformações significativas, alterando profundamente a forma como as empresas operam em seus segmentos de atuação. Essa revolução tecnológica está não apenas redefinindo funções e setores, mas também aumentando a competitividade entre profissionais. E neste cenário, destaco como um dos pontos fundamentais a construção da marca pessoal que se torna uma estratégia ainda mais crucial para garantir a empregabilidade e destacar-se em meio a um mar de talentos.

A IA está reformulando não apenas as dinâmicas operacionais das empresas, mas também criando novas oportunidades e, ao mesmo tempo, desafiando a relevância de funções tradicionais. Em um contexto onde a inovação se torna a norma, as organizações buscam profissionais que não apenas dominem habilidades técnicas, mas que também sejam adaptáveis, criativos e capazes de colaborar em ambientes multifuncionais.

Para se ter uma ideia, de acordo com um estudo da McKinsey, cerca de 800 milhões de empregos podem ser automatizados até 2030, o que reforça a inevitável e atual necessidade de adaptação contínua no mercado de trabalho para acompanhar tais transformações dessa tecnologia. Além disso, com a crescente automação, tarefas rotineiras e repetitivas estão sendo delegadas a sistemas inteligentes, exigindo que os profissionais se concentrem em competências mais complexas e estratégicas.

Já sabemos que a IA tem o potencial de automatizar tarefas rotineiras, mas precisamos estar atentos ao espaço que ela vem permitindo para novas oportunidades que exigem habilidades diferenciadas. O fato é que profissionais que se adaptam e se atualizam constantemente sobre as novas tendências do mercado têm maiores chances de se sobressair. A capacitação contínua se torna um pilar essencial neste processo, seja por meio de cursos, workshops ou networking no seu segmento. O aprendizado ao longo da vida não é apenas uma vantagem; agora passa a ser uma necessidade.

A rápida evolução dessa tecnologia também desperta uma sensação de insegurança e instabilidade no mercado de trabalho, seja pela possibilidade de ser substituído por uma máquina ou por não estar preparado para as novas exigências das empresas. Segundo o relatório da World Economic Forum, 54% dos trabalhadores precisarão de requalificação e aprimoramento significativo até 2025 para acompanhar as mudanças tecnológicas.

Para se destacar em um ambiente cada vez mais competitivo é fundamental que o profissional não apenas desenvolva suas habilidades, acompanhe as novas tendências do mercado e se adapte as mudanças, mas também invista cada vez mais em sua marca pessoal para se tornar verdadeiramente indispensável.

Uma marca pessoal bem construída comunica não apenas competências técnicas, mas também valores, visão e a capacidade de se reinventar e diferenciar em um ambiente cada vez mais competitivo. Profissionais que conseguem articular sua identidade e mostrar como suas habilidades se alinham às necessidades do mercado tornam-se mais atrativos para empregadores, aumentando a visibilidade e oportunidades de carreira, além de se tornar uma referência na área de atuação.

Neste contexto, destaco o livro Empregabilidade Exponencial, de Daniel Moretto, que é um guia essencial para quem busca se tornar um profissional valorizado e preparado para os desafios atuais do mercado. Por meio de dicas práticas e insights valiosos de carreira, o autor sugere caminhos para reduzir as incertezas do ambiente de trabalho.

A presença, seja física ou online, também é um aspecto vital para a construção da marca pessoal. Networking, que antes era uma prática recomendada, agora é essencial. Participar de eventos e feiras da área, desenvolver uma rede de contatos sólida, aproveitar ao máximo as plataformas digitais, como o LinkedIn, é uma valiosa ferramenta para alavancar a própria imagem, pois facilita a construção e o gerenciamento da marca pessoal, permitindo a conexão com potenciais empregadores e colaboradores.

Isso não apenas demonstra expertise, mas também amplia a rede de contatos e oportunidades. A autenticidade na comunicação é chave; os empregadores buscam profissionais que não só possuem habilidades técnicas, mas que também saibam colaborar, inovar e se comunicar.

A inteligência artificial está indiscutivelmente moldando o futuro da economia global, trazendo inovações que prometem transformar setores inteiros e melhorar a vida cotidiana. No mercado de trabalho não poderia ser diferente. Portanto, na era da IA, a construção da marca pessoal não é apenas uma questão de autopromoção ou marketing, mas uma estratégia de sobrevivência e sucesso. Profissionais que investem em suas habilidades e constroem uma identidade forte estarão mais preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que essa nova era traz. A capacidade de se moldar e a proatividade em se desenvolver são o que distinguirá os líderes de amanhã em um mercado que evolui constantemente.

Vitor Magnani, presidente do Movimento Inovação Digital e Rede Líderes Digitais, que reúnem mais de 180 empresas nativas digitais. Também é Coordenador do Comitê de Tecnologia do Conselho Econômico Social Sustentável da Presidência da República.

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