A operadora de TV por assinatura Net Serviços anunciou hoje (9/11) os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2005. A empresa registrou receita líquida de R$ 410 milhões, com aumento de 12,9% em comparação ao mesmo período de 2004, quando obteve R$ 363,1 milhões. A receita líquida nos nove meses do ano ficou em R$ 1,16 bilhão, com crescimento de 10,8% em comparação ao período de janeiro a setembro de 2004, quando chegou a R$ 1,047 bilhão.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) no trimestre totalizou R$ 107,1 milhões, alta de 12,6% em relação aos R$ 95,2 milhões registrados no mesmo trimestre do ano anterior. ?Esse montante é prova de que o crescimento na base de assinantes de TV por assinatura e banda larga está direcionado à rentabilidade?, sustenta Francisco Valim, presidente da Net Serviços.
O executivo salienta que a margem Ebitda permaneceu estável em 26,1% e em um patamar que possibilita maior agressividade em ações de venda com o objetivo de gerar um crescimento mais acelerado do que a companhia estava apresentando nos últimos trimestres. Comparado aos nove meses de 2004, quando registrou R$ 279,3 milhões, o Ebitda consolidado dos nove meses de 2005 teve alta de 20,1% com o montante de R$ 335,3 milhões.
Já o Ebit (resultado antes dos juros e imposto de renda) foi de R$ 55,5 milhões no trimestre, resultado 55,7% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nos nove primeiros meses ele atingiu R$ 117,3 milhões, superando em 22,8% o indicador dos nove meses de 2004 que ficou em R$ 95,5 milhões.
Apesar do crescimento dos resultados operacionais, o consolidado final do trimestre apresentou prejuízo líquido de R$ 20,6 milhões. No acumulado dos nove primeiros meses, o prejuízo contabilizado foi de R$ 5,2 milhões, ante um prejuízo acumulado de R$ 153,3 milhões no mesmo período do ano passado. A dívida líquida, de R$ 370,3 milhões, encerrou o trimestre com queda de 68,1% em relação ao mesmo período de 2004.
Mesmo assim a receita média por usuário (Arpu) do cliente subiu 11,2%, que considera conjuntamente a receita de TV por assinatura e banda larga sobre o número de clientes conectados. Nos últimos três meses, o Arpu ficou em R$ 113,94 ante R$ 102,51 no terceiro trimestre de 2004. O aumento, segundo a operadora, é conseqüência do reajuste de mensalidades da TV por assinatura e da maior penetração dos assinantes de banda larga sobre a base de TV por assinatura.
No tocante às vendas brutas de TV por assinatura, elas totalizaram no trimestre 120,7 mil, elevação de 42% no comparativo com as 84,7 mil vendas realizadas no terceiro trimestre de 2004. Além disso, a base de assinantes conectados encerrou o trimestre com 1,498 milhão de assinantes, representando crescimento de 7,4% em relação aos 1,395 milhão de assinantes conectados no terceiro trimestre de 2004.
O churn (taxa de desconexão) dos últimos 12 meses foi de 12,9%, abaixo dos 13,9% do mesmo período do ano anterior. A redução demonstra o empenho da companhia em melhorar a qualidade dos serviços, bem como o nível de satisfação dos assinantes. O principal motivo das desconexões continua sendo a mudança de assinantes de cidade ou de áreas não-cabeadas, seguidos dos de ordem financeira.
As vendas do Vírtua continuaram aumentando significativamente no trimestre. A receita de banda larga atingiu R$ 55,5 milhões, uma alta de 97,4% quando comparada aos R$ 28,1 milhões do mesmo trimestre do ano anterior. O total de assinaturas do trimestre foi de 77,3 mil, ultrapassando em 87,6% o mesmo período do ano anterior. O churn dos últimos 12 meses de banda larga foi de 13,7%. O principal motivo das desconexões continua sendo mudança de clientes para áreas não-cabeadas ou sem bidirecional. No entanto, a base de assinantes conectados de banda larga apresentou aumento de 92,5% em relação aos 156,9 mil assinantes do terceiro trimestre de 2004, fechando o trimestre em 302 mil assinantes.