A Brasil Telecom decidiu promover sua posição como membro de um organismo de normalização tecnológica. No caso, o TISPAN (Telecoms & Internet Converged Services & Protocols for Advanced Networking), um dos grupos de trabalho do Instituto Europeu de Normas de Telecomunicações, o ETSI.
A tele está promovendo, em Brasília, uma reunião plenária mundial do organismo.
Para Márcio Rodrigues Borges, representante da BrT no TISPAN, a presença da operadora no organismo busca o desenvolvimento de serviços simples e transparentes que possam ser suportados por redes cada vez mais complexas e inteligentes. O trabalho da TISPAN é desenvolver o que não aparece para o usuário, que são as normas e padrões por trás da rede.
"Daí a importância para uma operadora de participar das entidades que estabelecem estes padrões", diz. Concretamente, ainda de acordo com Márcio Borges, a participação em entidades definidoras de padrões ajuda a empresa a proteger os investimentos já feitos; evita a duplicação de investimentos; leva a conhecer profundamente os padrões; cria capacidade de influenciar na definição dos padrões e garante que as características das redes brasileiras serão levadas em consideração na definição dos padrões.
Concretamente, a Brasil Telecom já vem utilizando as informações obtidas nas entidades das quais participa para aperfeiçoar sua rede convergente: em setembro passado a empresa lançou uma RFI com base no release 6 do IMS (IP Muldimidia Subsystem) e no Release 1 do TISPAN. As respostas à consulta já estão sendo processadas pela empresa.
Anfitriã
Nesta 12ª reunião plenária realizada em Brasília, a TISPAN teve a presença de 16 países para dar continuidade à elaboração do Release 2 da entidade, que está aprofundando as definições sobre IPTV, entre outras normas.
Como uma forma de partilhar com as demais operadoras brasileiras, entidades de governo e universidades, a Brasil Telecom, realiza oficinas para discutir o futuro das telecomunicações.
Segundo Dante Nardelli, diretor de tecnologia da Brasil Telecom, em 2005, a empresa obteve 16% de seu faturamento dos serviços de transmissão de dados, sendo que 44% deste valor corresponde ao ADSL: ?a rentabilidade destes serviços vem crescendo aceleradamente?, afirmou Nardel