A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (9/11), durante a Operação Ilíada, 30 suspeitos de participar de uma organização criminosa especializada em crimes cibernéticos em Minas Gerais, de acordo com informações da assessoria do órgão.
Segundo a PF, os principais envolvidos no esquema são hackers que violavam os sistemas de segurança dos bancos e efetuavam saques, transferências e pagamentos fraudulentos em contas bancárias pela internet. Os hackers roubavam a senha e os dados cadastrais de correntistas de vários bancos que faziam movimentações bancárias pela internet. O órgão calcula que cada um dos suspeitos desviou R$ 600 mil em um ano.
As investigações que se iniciaram há oito meses resultaram no cumprimento de 31 mandados de prisão (20 preventivas e 11 temporárias) e 34 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal em Belo Horizonte. A operação envolveu mais de 160 policiais federais dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal.
De acordo com a PF, o modus operandi da organização é complexo e organizado, possuindo dinâmica própria, e ocorre quase na sua totalidade no ambiente virtual. Seu principal objetivo era a obtenção por meios fraudulentos e dissimulados das senhas bancárias e dados cadastrais de correntistas do sistema bancário, que lhes franqueavam o acesso a essas contas correntes, de onde eram realizados transferências, saques e pagamentos indevidos.
A área de atuação da organização criminosa não se restringia ao Estado de Minas Gerais. Entretanto, as principais cidades em Minas Gerais são Belo Horizonte, Betim, Bom Despacho, Lagoa da Prata, Nova Serrana, Divinópolis, Nova Lima, Conselheiro Lafaiete e Uberlândia.