Gartner aconselha que empresas invistam em tecnologia para manter crescimento em tempos turbulentos

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O Gartner alerta que, para impulsionar o crescimento sustentável em tempos econômicos incertos e turbulentos, os líderes de TI devem usar investimentos digitais que forneçam resultados financeiros e de desempenho repetíveis de maneira eficiente e responsável. Isso é o que o Gartner denomina como 'TI para crescimento sustentável'.

Segundo os analistas do Gartner, os líderes de TI devem revolucionar suas operações capacitando a força de trabalho para criar um desempenho sustentável. As organizações devem investir com responsabilidade para gerar resultados financeiros e sustentabilidade para os negócios. Com os mais diversos públicos exigindo produtos que, no mínimo, não causem danos ao meio ambiente e que concedam vantagem competitiva, as empresas deveriam pontuar suas estratégias e ações para oferecer e, também, provar que entregam produtos e serviços de forma responsável e sustentável.

A consultoria alerta as lideranças das empresas para a importância de se adotar uma estratégia de segurança cibernética resiliente, que forneça proteção e capacidade de apoiar os resultados de negócios, sem restringi-los. Os analistas do Gartner recomendam que as empresas revolucionem o modelo de trabalho.

Revolução do trabalho

"A TI agora é mais importante do que nunca no recrutamento, na retenção, no engajamento e na capacitação para obter o alto desempenho de todos os funcionários de uma empresa, não estando centrada apenas nos times de TI. No entanto, segundo uma nova pesquisa do Gartner, apenas 31% dos funcionários disseram ter a tecnologia de que precisam em suas atividades", diz Mary Mesaglio, Vice-Presidente do Gartner. Segundo ela, isso oferece uma tremenda oportunidade para os CIOs (Chief Information Officcers) fazerem a diferença. "Os empregadores que revolucionarem o trabalho e capacitarem suas equipes com tecnologia serão escolhidos pelos profissionais", afirma a analista.

O Gartner identificou três multiplicadores de força nos quais os CIOs devem se concentrar para ajudar a tornar suas empresas em empregadores preferidos e com desempenho sustentável:

– Eliminar o atrito do trabalho: O atrito é quando o trabalho é difícil por uma questão desnecessária. Quanto mais pontos de atrito uma organização tiver, pior será o desempenho e a retenção dos funcionários. Ao remover o atrito e investir em habilidades digitais, as organizações podem criar uma força de trabalho mais engajada e equipada para sustentar seu desempenho futuro.

– Investir agressivamente no aumento da Inteligência Artificial: Para criar desempenho sustentável, as organizações devem se concentrar em impacto, ao invés de produtividade. Os funcionários precisam de ferramentas e tecnologias que os capacitem e ajudem a aumentar o impacto positivo do trabalho. A Inteligência Artificial pode aumentar a importância dos funcionários, ampliando alcances e capacidades. A força de trabalho do futuro será habilitada para Inteligência Artificial.

– Experimentar o que é altamente visível e altamente badalado: As organizações que inovam durante tempos econômicos difíceis ficam à frente do mercado e dos concorrentes. Sem dúvida, a tecnologia é o novo epicentro da cultura corporativa, tendo áreas de inovação para experiências digitais. Por exemplo, um intraverso é um escritório virtual que incorpora tecnologias emergentes de metaverso para reunir funcionários em reuniões imersivas para colaborar, conectar e inovar.

O Gartner prevê que as tecnologias de reunião imersiva não irão se estabilizar no Gartner Hype Cycle por cinco a dez anos, mas as organizações que experimentarem tecnologias no início da curva do Hype Cycle atrairão talentos que desejam ficar à frente dos demais profissionais do mercado.

Investimento Responsável

O investimento responsável é uma estratégia do tipo 'dois por um' para alcançar crescimento e retornos sustentáveis. Ele oferece resultados financeiros e de sustentabilidade ambiental, social e de governança. De acordo com Daniel Sanchez-Reina, Analista e Vice-Presidente do Gartner, "o investimento responsável é importante para as pessoas que são importantes para sua empresa: funcionários que têm a oportunidade de fazer a diferença, clientes obtêm soluções alinhadas com seus valores e investidores obtêm um retorno mais atraente."

O Gartner identificou três multiplicadores de força que criarão um retorno financeiro e de sustentabilidade positivo para as empresas dos mais diversos setores:

– Infraestrutura Conectada Inteligente (ICI): ICI é como um sistema de controle de tráfego aéreo para portos, pontes, estradas e aeroportos. Combina redes de TI, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (Iot), Nuvem, Analytics e Edge Computing para compartilhar dados. A infraestrutura costumava ser silenciosa, mas a ICI dá voz a ela. Investir em ICI é um multiplicador de força porque pode aumentar o crescimento de cidades e empresas, além de melhorar a vida dos cidadãos.

– Aproveite o Fornecimento Autônomo: Também conhecido como Autonomous Sourcing, usa Inteligência Artificial, aprendizado de máquina (Learning Machine) e processamento de linguagem natural para dar às organizações acesso a uma gama muito maior de fornecedores. O Fornecimento Autônomo é um multiplicador de força porque pode aumentar a eficiência e melhorar a sustentabilidade das empresas simultaneamente.

– Reduza digitalmente o uso de energia: Os CIOs devem usar aplicações em Nuvem e Data Analytics para estabelecer o que é chamado de 'carga básica', que é a informação sobre quanta energia a organização consumiu. Analistas do Gartner recomendam a implementação de um sistema de energia e otimização (EMOS, de Energy And Optimisation System, em inglês) para reduzir o consumo de 4 a 15% e conseguir tomar decisões proativas e baseadas em dados praticamente em tempo real. O Gartner destaca as possibilidades de uso de uma microrrede combinada com Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina para reduzir os custos e ganhar dinheiro vendendo energia de volta para o grid.

Cibersegurança resiliente

Segundo pesquisa do Gartner feita este ano com executivos com poder de decisão, 88% dos Conselhos de Administração agora identificam as falhas de segurança como um risco comercial e não mais simplesmente como algo técnico. Isso significa que as organizações precisam começar a tratar a segurança cibernética, que deve ser resiliente e sustentável, como um risco de negócios precisando, portanto, de novos tipos de investimento", diz Ed Gabrys, Analista e Vice-Presidente do Gartner. "Proteger sua marca faz de você um empregador a ser escolhido profissionais e um fornecedor confiável a ser escolhido por seus clientes. Proteger sua execução apoia o crescimento sustentável", explica o analista.

O Gartner identificou três multiplicadores de força para oferecer vantagem competitiva para as organizações no longo prazo:

– Gerencie a superfície de ataque: A recomendação do Gartner é usar o gerenciamento de superfície de ataque externo (uma tecnologia de gerenciamento e governança de processos) para descobrir os ativos que são vulneráveis. É importante implementar a análise de composição de software para obter visibilidade das vulnerabilidades da cadeia de suprimentos de software, assim como usar a inteligência de ameaças para priorizar e corrigir eventuais vulnerabilidades.

– Proteja os resultados de negócios e clientes: As empresas devem priorizar seus resultados de negócios mais importantes, identificando suas dependências de tecnologia que tenham uma linha direta de visão para seus resultados de negócios ou de missão mais importantes. Ao usar essa abordagem de resultados de negócios, as organizações podem priorizar sistemas que dão suporte ao seu crescimento sustentável, como processos de fabricação, vendas e engajamento de pessoas.

– Use métricas orientadas a resultados e Acordos de Nível de Proteção: Os Acordos de Nível de Proteção (PLAs – de Protection-Level Agréments, em inglês) permitem que as organizações tomem decisões de negócios sobre as estruturas de segurança que desejam e o montante que esperam gastar. O Gartner está fazendo um estudo de 16 métricas orientadas a resultados que as organizações podem usar para comprar seus níveis de proteção digital com seus pares . Isso cria um roteiro de investimentos e de prioridades baseado em resultados. Com ele, as organizações devem investir para a melhora de resultados nos níveis de proteção, e não apenas na implementação de ferramentas.

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