As empresas que atuam no Brasil estão à frente da média mundial no uso de tecnologias como virtualização e cloud computing (computação em nuvem), de acordo com o estudo mundial Cisco Connected World, divulgado nesta quinta-feira, 9. O relatório aponta que 27% das companhias no país já utilizam aplicações na nuvem, enquanto que a média mundial é de 18%. A Alemanha aparece empatada com o Brasil neste quesito, seguida da Índia (26%), Estados Unidos (23%) e México (22%).
O país também deve permanecer acima da média mundial na adoção de computação em nuvem nos próximos anos, já que a estimativa é que 70% das companhias possuam a tecnologia – ficando abaixo apenas da Índia (76%). A média mundial foi de 52%.
Em relação à virtualização, 47% dos profissionais de TI no Brasil entrevistados afirmaram que mais da metade dos servidores nas empresas em que atuam já são virtuais. O índice mundial foi de 29% das empresas com mais da metade de virtualização. A previsão para os próximos três anos é que 64% das empresas no país mantenham mais de 50% de servidores virtuais, sendo que 16% devem atuar com 100% de virtualização. Mundialmente a média para o período deve ser de 46% (com pelo menos 50% de virtualização) e 5% (com 100% de virtualização).
O estudo aponta como os principais motivos para aplicação da virtualização no Brasil o aumento da agilidade e flexibilidade em TI (28%); otimização de recursos para redução de custos (20%) e fornecimento mais rápidos de aplicativos (17%).
No que diz respeito às tendências de cloud computing no mundo, a grande maioria (88%) dos gestores de TI entrevistados prevê a armazenagem de alguma porcentagem dos dados e aplicativos das suas empresas em clouds privadas ou públicas nos próximos três anos. Um em cada três desses profissionais disse que mais da metade dos dados e dos aplicativos de suas empresas estarão em clouds privadas nos próximos três anos, enquanto um em cada três (34%) disse que pretende fazê-lo em um ano, 44% dizem que suas empresas irão usar clouds públicos dentro de dois anos e 21%, dentro de dois ou três anos.
Já em relação à virtualização de servidor, apenas 29% dos entrevistados de todo o mundo disseram manter mais da metade dos servidores de produção virtualizados e 28% declararam ter mais da metade dos servidores de não-produção virtualizados. Entre os principais motivos apontados por eles para a implantação da virtualização estão o aumento da agilidade da TI (30%), seguido da capacidade de otimizar os recursos para a redução dos custos (24%) e do fornecimento mais rápido do aplicativo (18%). Por outro lado, como inibidores da virtualização eles apontam a segurança (20%), preocupação com a estabilidade (18%), dificuldade na criação de processos operacionais para um ambiente virtualizado (16%) e gestão (16%). Seja como for, os profissionais de TI vêem uma grande economia com a virtualização. Dois de cada cinco (40%) entrevistados esperam uma redução do custo do data center entre 25% a 49%, e outros 30% esperam uma economia de custo de 24%.
A pesquisa foi realizada em 13 países (Brasil, EUA, México, Reino Unido, França, Espanha, Alemanha, Itália, Rússia, Índia, China, Japão e Austrália) entre 16 de agosto e 7 de setembro.
- Nuvem