As ações de combate à pirataria realizadas no ano passado resultaram na apreensão de mais de 2,2 milhões de CDs contendo programas ilegais, o representou um aumento de 150% se comparado com o ano anterior, segundo informe conjunto divulgado nesta quinta-feira (10/1) pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a Business Software Alliance (BSA) e a Entertainment Software Association (Esa).
Ao tudo, foram realizadas 718 ações em todo o Brasil, que resultaram também na apreensão de 212 computadores, na retirada do ar de 243 sites que comercializavam softwares piratas, além de 25,7 mil anúncios destinados à divulgação do comércio de produtos ilegais.
Durante o ano, as entidades registraram mais de 20 mil contatos, com denúncias e solicitações de informações contra o comércio ou uso de programas piratas. Como conseqüência, a BSA enviou 2.820 notificações extrajudiciais às companhias infratoras.
Além das operações de busca e apreensão, a Abes lançou, em março, um projeto para conscientizar as empresas sobre o risco do uso de softwares ilegais e promover legalização da base instalada de produtos de computador. Em julho, iniciou as atividades do Projeto Escola, com o objetivo de alertar educadores a respeito dos problemas da pirataria e desenvolver um planejamento de atividades de conscientização para pais e alunos.
Além dessas ações, a entidade firmou parceria com a Associação Anti-Pirataria Cinema e Música (APCM) para redobrar a fiscalização nas regiões Centro-Oeste, Sul e Nordeste do país e, para complementar, deu continuidade ao treinamento de capacitação em antipirataria, iniciativa realizada com o apoio do Ministério da Justiça, por meio do Conselho Nacional de Combate a Pirataria (CNCP), e que passou por dez cidades treinando cerca de 1,1 mil agentes.
?Todas estas ações tiveram como objetivo orientar a população, além de pequenos e médios empresários, quanto aos riscos e prejuízos causados pela pirataria. Percebemos um aumento significativo no número de denúncias comparando-se ao ano anterior, o que reflete o aumento da conscientização da população e dos meios de comunicação quanto aos males causados pela prática ilegal de pirataria de software?, conta Emílio Munaro, coordenador do Grupo de Trabalho Antipirataria da Abes.