Os custos para manter alguns serviços in house estão mais elevados desde a crise econômica mundial deflagrada em 2008. Em contrapartida, os benefícios da terceirização no segmento de infraestrutura predial e tecnologia têm se mostrado cada vez mais atrativos pelo ganho de competitividade e mercado.
Há quem defenda o conceito de que terceirizar serviços significa perder o controle da empresa ou mesmo o comando dos funcionários. Há 20 anos, esse era um problema recorrente nas grandes empresas, que terceirizavam serviços sem adotar rígidos critérios de seleção. Em muitos casos, a falta de informação e posicionamento acabava resultando em insatisfação.
Apesar de hoje haver um número bastante alto de pequenas empresas prestadoras de serviços especializados, principalmente no segmento de TI, o nível de informação e participação do cliente é muito mais alto. A rigor, a empresa contratante pode ter controle total dos serviços terceirizados.
Uma das grandes vantagens da terceirização é a tendência de oferecer um vasto menu de serviços, proporcionando ao cliente o benefício de concentrar o diálogo, as negociações e a supervisão com um único fornecedor. Hoje, com um simples sistema de monitoramento são resolvidas pendências de diversos setores e serviços necessários para a manutenção de uma empresa. A sensação de perda de controle caiu por terra.
É o caso do NOC, que, a partir de telas de alta resolução interligadas à rede de gerenciamento do Data Center da empresa, permite controlar centenas de servidores físicos e milhares de serviços em tempo real. Em sentido figurado, trata-se de um "olho mágico" capaz de detectar falhas ou possíveis interrupções de links, roteadores e servidores, emitindo alertas e permitindo agilizar correções realizadas remotamente, além de reduzir consideravelmente a incidência de problemas.
As vantagens de se contratar um serviço de ponta como esse vai muito além da expressiva economia de investimento. Os custos diretos se referem à contratação de mão de obra, com todos os encargos e responsabilidades salvaguardados pelas leis trabalhistas; depreciação de equipamentos e tecnologias; gastos relacionados aos veículos utilizados pelas equipes de manutenção rápida; investimentos prediais, em conformidade com critérios infraestrutura e segurança etc.
Produtividade é mais um custo indireto que chama atenção. Na medida em que não cabe mais à equipe interna resolver problemas relacionados à tecnologia, a empresa não corre mais o risco de passar horas ou mesmo dias sem estar online. Também não caberá à empresa contratante investir em determinadas novidades de mercado, ou mesmo recrutar, treinar e supervisionar serviços de apoio. Esse é outro ganho de muito valor para as empresas.
Ezequias Sena é presidente da Online Brasil