Inteligência competitiva foi o principal assunto discutido no último dia da Reunião Preparatória para Congresso Ibero-Americano de Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (GeCIC). O evento foi promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em Brasília (DF), na semana passada. A reunião foi a segunda etapa preparatória para o GeCIC, que acontece em agosto, em Curitiba (PR).
Elaine Marcial, vice-presidente da Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva (Abraic), definiu o evento como ?um grande passo para a atividade da inteligência competitiva no país, trazendo experiências das comunidades espanholas e portuguesas ?? uma contribuição importante para o desenvolvimento da nossa competitividade nacional?.
A reunião preparatória também contou com a participação de representantes de várias instituições, entre as quais o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), a Abraic, o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep/PR), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Ao falar do GeCIC, Elaine Marcial contou que o grande tema do evento será a questão da sociedade da informação. Uma sociedade, segundo ela, que está mudando todas as relações pessoais e profissionais, inclusive, influenciando na forma como as empresas estão sendo organizadas e competindo. ?A sociedade da informação é praticamente a justificativa de discussão a respeito da inteligência e da gestão de informação, esse grande guarda-chuva. E, no caso da Abraic, nós vamos falar sobre melhores práticas na atividade de inteligência?, ressaltou.
Jorge Kolotelo, da diretoria de tecnologia e gestão da informação do Fiep, ressaltou a importância do evento, a partir do pressuposto de que o movimento existente no país é o da área do conhecimento ou, segundo ele, da economia do conhecimento. ?Tudo que nós pudermos agregar e manter na área da economia do conhecimento e da inteligência competitiva é positivo. É a gestão do conhecimento e a inteligência competitiva que irão mover o mundo daqui para frente. Temos de deixar de só fazer. Precisamos reter pensadores, tecnologias e patentes no Brasil. Além disso, mudar a forma de trabalho, concentrando não na venda de produtos acabados, porém em algo maior, como pensar em produtos, quais serão os produtos, e estar antecipando e ditando a economia, e não andando atrás dela?, salientou.