O Twitter divulgou seu relatório de transparência, afirmando que os pedidos do governo de diversos países para obter informações sobre os seus usuários e remoção de conteúdos online aumentou significativamente no segundo semestre de 2014, especialmente na Rússia, a Turquia e nos EUA.
No seu relatório semestral de transparência, a rede de microblogs diz que recebeu 84% mais pedidos de remoção de conteúdos e 40% mais pedidos de informações sobre usuários de governos do mundo inteiro, no período de 1º julho a 31 de dezembro de 2014, na comparação com os primeiros seis meses do ano.
O relatório é parte de um esforço da empresa para lançar luz sobre a questão da vigilância de governos e seus usuários. No ano passado, o Twitter abriu um processo contra o governo dos EUA, alegando que as restrições sobre as informações que a empresa faz sobre demandas de órgãos de vigilância visam preservar a liberdade de expressão.
A Turquia elevou em pedidos de retirada de conteúdos à rede de microblogs no período de seis meses, disse o relatório. O governo turco emitiu 477 pedidos para remoção conteúdos do site, no período, um aumento de 156% na comparação com os seis meses anteriores. A empresa disse que os conteúdos foram retidos em 50% dos casos. A Rússia apresentou 91 pedidos de remoção de conteúdos no período e a Alemanha apresentou 43 pedidos.
Já os EUA lideraram as solicitações de dados sobre usuários da rede de microblogs, com um aumento 29% no período, totalizando 1.622 pedidos. O Twitter diz que as demandas subiram 8% e informa que fornece algumas informações em 80% dos pedidos. A Turquia tornou-se o segundo país com maior número de solicitações de informações sobre usuários com 356 pedidos, enquanto a Rússia, que nunca havia solicitado os dados sobre usuários, apresentou 108 solicitações no período. Nenhuma informação foi fornecida a esses dois países, afirma o Twitter.
O Twitter tem emitido relatórios de transparência desde 2012 para divulgar a frequência das solicitações de governos sobre dados de usuários e retirada de conteúdos. A empresa diz que está tentando obter autorização para fornecer ainda mais detalhes aos usuários sobre as informações que repassa às autoridades governamentais.