De acordo com uma pesquisa global da IBM, de 2022, 83% dos líderes empresariais e de TI no Brasil adotaram uma abordagem de nuvem híbrida para impulsionar a transformação digital. O levantamento revela que a adoção de nuvem híbrida no país é superior à média global (77%), e o motivo é uma soma de fatores que torna a estratégia uma tendência é o acesso às tecnologias mais modernas, agilidade, flexibilidade, economia. Ou seja, um caminho sem volta.
À medida que a tecnologia avança, aplicações mais sofisticadas ganham espaço, pois a nuvem híbrida permite que os dados e cargas de trabalho sejam transferidos de um ambiente para o outro conforme as necessidades de computação e com diferentes custos para atender as necessidades dos negócios. Além de preços e descontos que facilitam a adoção da nuvem de diferentes fabricantes, a performance de cada aplicação também é decisiva neste avanço.
Outro ponto que faz com que a adoção de nuvem híbrida seja uma tendência de mercado são as fusões e aquisições. Segunda pesquisa da KPMG, realizada com 43 setores da economia brasileira, o Brasil registrou um total de 1.728 fusões e aquisições em 2022. O número é apenas 12% mais baixo que o ano anterior de 2021, ano recorde deste movimento. Este é um desafio para a equipe de TI que precisa unificar ambientes tecnológicos com nuvens diferentes.
A TI pode optar pela estratégia de manter a utilização de diferentes nuvens, e integrar uma ferramenta para gerenciamento unificado. Os recursos de nuvem híbrida possibilitarão que as empresas utilizem a melhor opção para cada workload específico, aplicativo, armazenamento de dados em nuvem privada, redução de OPEX, entre outros.
Diante desse cenário, as empresas precisam de parceiros especializados neste tipo de infraestrutura para construir uma estratégia consistente para gerar benefícios com a tecnologia. A nuvem híbrida requer uma equipe de TI que tenha um conjunto de habilidades para lidar com ambientes diferentes, com processos contínuos de segurança, além de alinhamento com a compliance e governança.
Portanto, a adoção da nuvem híbrida é um caminho natural, porém repleto de desafios que englobam complexidades operacionais em lidar com dados e expansão de aplicações entre nuvens. Antes de optar por este modelo, é importante conhecer o sistema de nuvem em que sua empresa opera e identificar se o seu negócio está extraindo o máximo da capacidade, para assim, encontrar o modelo de nuvem que melhor atende as demandas e seguir rumo à maturidade digital.
José Carlos Magno, CTO da 4MSTech.