João Kepler, da Bossanova Investimentos, afirma que os investimentos não pararam, apenas ficaram mais seletos. Nesse cenário as startups de tecnologia que já tinha ajustado seu negócio frente à retomada do pós-pandemia performaram melhor. Um exemplo é a edrone, startup polonesa especializada em CRM, automação de marketing e busca por voz para comércio eletrônico, que recebeu um aporte de dois fundos de investimento, Atmos Ventures e Müller Medien, que dobraram o valuation da startup em doze meses.
A instalação da filial da edrone no Brasil, realizada em 2022, foi resultado de um aporte de US$ 2,5 milhões, recebido da PortfoLion, uma venture capital do grupo OTP em 2020, e usado na expansão para os mercados da América Latina, Europa Central e Leste Europeu. No mesmo ano, a edrone levantou uma subvenção de US$ 2,8 milhões para o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de um motor de busca por voz para lojas virtuais, que já está disponível no mercado polonês e será implementado no Brasil em 2023.
Um exemplo nacional é a Sonica, plataforma sem código para projetos Web3, que recebeu R$ 2 milhões da gestora de fundos de venture capital Invisto no final de 2022.Agora, a expectativa para 2023 é usar o investimento para aprimorar os serviços para quem deseja atuar em projetos de Web 3.0, como colecionáveis NFT, criptomoedas, metaverso e tokenização de ativos.
Outra startup que recebeu investimento foi a Magis5, de automação para marketplaces, que, em outubro de 2022, finalizou uma rodada de R$ 10 milhões. O aporte foi liderado pela americana Parceiro Ventures, completando o investimento iniciado pela Urca Angels, Hangar8 e pela Bossanova Investimentos.