A SAP trabalha com a meta de triplicar o resultado da operação brasileira nos próximos cinco anos. O país representa quase 50% da receita total da América Latina e no ano passado foi um dos principais responsáveis pela manutenção das vendas da multinacional alemã na região.
Segundo o presidente da SAP para a América Latina, Rodolpho Cardenuto, a receita na América Latina teve pequena retração de 0,6% em 2009, enquanto que no Brasil ela avançou – a empresa na divulga números regionais. Segundo ele, somente a receita com software e serviços relacionados, que envolve suporte e venda de licenças e representa cerca de 70% do total, cresceu 3% no Brasil no ano passado, enquanto que a receita mundial teve queda de 8%.
"O desempenho foi bastante ajudado pelo Brasil, principalmente pelos bons resultados obtidos no terceiro e quarto trimestres", comentou Cardenuto. No último trimestre de 2009, a receita com software e serviços relacionados teve acréscimo de 57,6% no país. Além do Brasil, o executivo citou também Argentina e Peru como países importantes para o resultado na América Latina.
Para alcançar a meta estabelecida para os próximo anos, Luis César Verdi, presidente da SAP no Brasil, conta que a companhia desenvolveu um plano estratégico que tem por base três vertentes: setor econômico, segmento e região geográfica.
De acordo com o executivo, o objetivo é de ampliar a participação nas verticais em que a empresa não detém tanta participação na comparação com outros, como o segmento de finanças, varejo, público e de agronegócio. A meta, segundo Verdi, também visa expandir a participação no segmento de pequenas e médias empresas e nas regiões do país nas quais a SAP não tem tanta penetração, como em Recife e Belo Horizonte. Entretanto, a empresa não divulgou os investimentos que pretende realizar para concretizar seu objetivo.
Quando questionado sobre o fato de uma das suas maiores concorrentes no país, a Totvs ter crescido mais de 40% no ano passado, enquanto que a SAP não teve avanço tão expressivo no país, Verdi explicou que a companhia tem foco diferente da concorrente, mais voltado para as grandes empresas. "Os números indicam que o segmento em que atuamos sofreu mais com a crise financeira. Isso se deve, principalmente, ao fato de termos entre nossos clientes multinacionais que têm grande volume de exportação, atividade que foi muito impactada pela crise financeira", argumentou o executivo.
- Meta agressiva