Home office: empresas e profissionais se aliaram a tecnologia para viver essa realidade

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Em 2020, as empresas enfrentaram um desafio único e nunca visto: o surgimento e a disseminação do coronavírus, que criou uma interrupção generalizada das operações comerciais em todo o mundo, com uma tendência crescente para o trabalho remoto. E agora, todos os nossos hábitos foram remoldados e muitas pessoas não pretendem voltar ao trabalho presencial tão cedo. Mas, com os avanços tecnológicos de hoje, os recursos disponíveis permitem que as empresas mantenham boa parte da sua força de trabalho efetivamente em home office, beneficiando todos os envolvidos.

Algo que o período de pandemia nos provou é que os colaboradores podem sim ser produtivos em casa, tanto quanto eram em escritórios. Muitas pessoas conseguiram realizar sonhos de sair de uma capital movimentada e ir para o interior, conquistar uma qualidade de vida melhor e não desperdiçar mais horas no trânsito ou no transporte público, tudo isso sem perder seu trabalho ou sua carreira. Vemos muito isso, principalmente na área de tecnologia, onde diversas empresas já adotaram o trabalho 100% remoto como regra. Mas e quando nos deparamos com corporações que não acreditam que a produtividade dos que escolhem o home office é a mesma do 'cara a cara'? Bom, eu digo que a tecnologia, mesmo que sua empresa não seja desse setor, pode influenciar muito na hora de escolher qual modelo adotar.

Isso porque, se antes a escolha entre o presencial e o home office era influenciada pela falta de visibilidade da produtividade das suas equipes, hoje, por outro lado, as empresas podem contar com diversos softwares que facilitam o dia a dia dos colaboradores e gestores. Existem programas, dos mais simples aos mais sofisticados, capazes de auxiliar a gestão de entregas, promover um onboarding para integração de novos funcionários e até que suprem o desafio de mensurar o desempenho de seus colaboradores em suas tarefas.

Assim, o que temos notado é uma clara movimentação do mercado ao que seria o regime híbrido, já que a tecnologia tem quebrado a barreira do trabalho remoto. Prova disso, são as gigantes da tecnologia como Google, IBM e Amazon, que sempre incentivaram o home office e que estão desenvolvendo diretrizes para um regime híbrido, assim, seus colaboradores trabalhariam alguns dias no escritório e outros em casa.

Líderes e seus departamentos de RH descobriram formas de recrutar e oferecer vagas remotas. Um report da Mckinsey & Company revelou, que mais de 20% da força de trabalho global poderia atuar remotamente de três a cinco dias por semana com a mesma eficácia de quando presencial. A pandemia obrigou trabalhadores e empresas a reavaliar a maneira correta de trabalhar, e, com uma abundância de vagas de emprego e escassez de mão de obra, a maioria das organizações deve avaliar se estão em posição de exigir um modelo de trabalho específico. Além disso, os colaboradores estão mais do que nunca, focados em melhorar seu equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Se utilizarmos como exemplo a área de TI, que foi acelerada pela necessidade de mudanças das empresas com a pandemia do COVID-19 e será, ainda mais, turbinada com a chegada do 5G e da computação quântica, temos profissionais que são assediados a todo momento com ofertas de remuneração tentadoras e trabalho flexível, tornando o cenário ainda mais complexo. Estima-se que para cada profissional especializado em alguma das tecnologias mais adotadas, existam mais de 5 vagas sendo ofertadas.

É importante observar que a tecnologia pode ser uma grande aliada no caminho das empresas que querem manter suas atividades remotas ou não, e pode ajudar no acompanhamento de jornadas que ajudam o profissional a entender seus pontos fortes e fracos, direcionando seus esforços para melhorar suas deficiências e serem ainda mais produtivos.

Se tem algo que a experiência da pandemia nos ensinou, é que podemos contar com a tecnologia para muitas tarefas, seja no trabalho remoto, nas reuniões virtuais que ajudam a reduzir a locomoção ou no simples fato de poder morar e trabalhar de qualquer lugar; seja no uso de comércio eletrônico e transações virtuais (incluindo compra on-line – retirada na loja, entrega em restaurante, mercearia on-line, educação on-line e telemedicina). Tudo isso vem da tecnologia e sua evolução, e, por que não, aplicar isso para o benefício das corporações que não querem perder talentos por conta de modelos de trabalho que hoje já são ineficientes?

Daves Souza, CEO da SysMap Solutions.

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