O assunto da CTIA Wireless, evento da telefonia móvel que aconteceu na semana passada em Las Vegas, foi a suposta consolidação da terceira geração de serviços móveis nos EUA.
São, hoje, cerca de 4 milhões de usuários 3G no mercado norte-americano, contra meros 100 mil na edição de 2005. Isso representa ainda muito pouco no universo de 208 milhões de assinantes de telefonia celular dos EUA. Como a indústria de handsets começa a trazer os preços dos aparelhos para baixo dos US$ 100, as perspectivas são de crescimento.
Com isso, começa a fazer sentido levantar as mudanças de perfil de uso decorrentes da 3G. A primeira empresa a apresentar esses dados foi a M:Metrics.
Segundo o levantamento, 40% dos usuários 3G nos EUA são homens com mais de 35 e menos de 45 anos, relata Seamus McAteer, diretor da empresa, em artigo para a revista Wireless Week. Segundo os dados da M:Metrics, o usuário que tem um handset e está ligado a uma rede 3G consome de três a oito vezes mais (em serviços da operadora de telefonia) do que o usuário convencional.
Pelo levantamento, 28,6% dos usuários 3G dos EUA fizeram download de ringtones no mês de janeiro, versus 9,4% dos usuários convencionais; em relação ao download de games, o percentual de uso foi de 12,4% contra 2,7%; em navegação na internet, 33,7% contra 15,1%; em compartilhamento de fotos, 40,5% dos usuários 3G o fizeram, contra 9,3% dos usuários convencionais; em vídeos capturados, o percentual foi de 43,7% para usuários 3G, contra 5,5% para não-3G. Em relação ao compartilhamento de vídeo, o percentual verificado entre usuários 3G foi de 17,4%, ante 2,7% dos usuários não-3G. Em relação ao download de videoclipes, 9,4% dos usuários de 3G o fizeram, versus 1,1% dos não-3G. E até em um serviço simples como SMS o perfil de uso é diferenciado. Na base de usuários 3G, o uso do SMS é de 61%, comparado a 33,8% na base não-3G. O artigo não trás detalhes metodológicos da pesquisa.