Levar conhecimento sobre produtos financeiros e ao mesmo tempo prestar uma assessoria personalizada para clientes que buscam as melhores opções disponíveis de rentabilidade em diversos produtos financeiros, como fundos de investimento, renda fixa, mercado de ações, previdência, entre outros. É com esse objetivo que os empreendedores Danilo Ardenghi, Felipe Medeiros e Lucas Paulino criaram o Mais Retorno. Com apenas dois anos de operação, a fintech já captou mais de R$ 300 milhões em carteira. E a expectativa é ir muito além disso
Fundado em março de 2017 em um polo de tecnologia de uma universidade do Rio Grande do Sul, o Mais Retorno é uma plataforma que mescla tecnologia com atendimento personalizado. Para o cliente que busca ter conhecimento dedicado e especializado em diversos tipos de investimentos, este se cadastra por meio do site da fintech. Com base nas informações fornecidas por ele, a equipe da empresa faz uma avaliação de perfil do cliente, e a partir disso monta com o cliente um projeto de investimentos personalizado. Em dois anos de operação, a startup já conta com 50 mil cadastros, e cerca de 1000 clientes investidores do segmento alta renda/private que são assessorados pelos especialistas da plataforma.
Com o rápido crescimento do negócio, a fintech saiu de um montante de R$ 41 milhões em carteira ao fim de 2017 para mais de R$ 260 milhões no fim do ano passado. Mas para chegar nesse resultado, várias etapas foram cumpridas pelos empreendedores. Com o início da operação em Porto Alegre, e com investimento inicial dos próprios sócios, eles viram a oportunidade de mudar a sede para São Paulo. Então, em 2018, o Mais Retorno passou a atuar no inovaBra habitat, espaço de inovação do Bradesco. O que antes eram somente os três sócios, a fintech viu a sua equipe crescer.
Crescimento e aporte
Com a operação crescendo em ritmo acelerado, o espaço no inovaBra habitat rapidamente se tornou pequeno. Foi nesse momento que a startup atraiu a atenção de um grupo de investidores-anjo. Assim em maio de 2018 o Mais Retorno recebeu um aporte de R$ 1 milhão para expandir a operação. Com isso, a fintech mudou de sede para um espaço que pudesse alocar as mais de 30 pessoas que fazem parte da operação hoje.
De acordo com Danilo Ardenghi, um dos sócios do Mais Retorno, uma série de fatores contribuiu para o rápido crescimento da fintech. "O interesse do brasileiro por investimento vem crescendo, mas muitos não conseguem encontrar informações claras sobre como investir", diz. "Com isso, as visitas no site cresceram de forma muito rápida", conta. Segundo ele, em 2017 a página do Mais Retorno teve 230 mil acessos. Já no ano passado, esse volume cresceu para 1,2 milhão.
Além da assessoria especializada e personalizada, o Mais Retorno possui também uma área de atuação com foco em educação financeira voltada para os mais diversos tipos de investimentos disponíveis no mercado. O primeiro livro digital lançado na plataforma, o Investidor Especialista, já registra mais de 16 mil leitores. A ideia é lançar conteúdos periódicos sobre o assunto. Parte do material é fornecido gratuitamente aos cadastrados. Para os interessados em especialização e consultas mais aprofundadas, a plataforma também oferece cursos pagos. Além disso, a fintech publica periodicamente vídeos no seu canal no YouTube com informações sobre produtos financeiros e a rentabilidade desses investimentos, além promover lives com profissionais do mercado.
Expectativas
O Mais Retorno entende também a importância de promover uma aproximação do público geral com informações sobre investimentos e outros produtos de mercado. "Queremos transformar a relação do brasileiro com o dinheiro, fazendo com que ele tenha acesso à informação e dados do mercado financeiro de qualidade para investir cada vez melhor", afirma Ardenghi. O objetivo é ter 30 milhões de páginas visualizadas em um mês até dezembro 2020 a partir do conteúdo informativo e educacional.
Já na parte de investidores ativos, a meta da fintech também é agressiva. A expectativa é de alcançar R$ 1 bilhão em carteira até o final de 2019, com cerca de três mil clientes, chegando a R$ 4 bilhões ao fim de 2020, com 11 mil clientes. O objetivo também é atrair os gestores dos fundos para que eles possam fazer uma aproximação maior com esses clientes e a possibilidade de ter novos investidores para os seus produtos.