O impacto da TV Digital na programação da televisão brasileira e os avanços sociais, econômicos e culturais decorrentes de sua implantação, no país, serão debatidos no evento internacional TV Digital: Futuro e Cidadania, que será realizado no dia 16, no auditório Nereu Ramos, em Brasília.
Organizado pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica e pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, o evento vai reunir representantes do governo, pesquisadores brasileiros e representantes dos três padrões tecnológicos de TV Digital: DVB (europeu), ATSC (norte-americano) e ISDB (japonês).
Um dos aspectos relevantes em torno da TV Digital, além da escolha do padrão tecnológica a ser adotado pelo Brasil, é a escolha do modelo de exploração, que pode definir o alcance da nova tecnologia para o país.
A incompatibilidade com a televisão analógica é outro aspecto que está na ordem do dia porque exige a elaboração de uma complexa estratégia de evolução do serviço. Consultores da Câmara avaliam que a convergência e uma possível competição entre empresas de radiodifusão e de telecomunicações abrem oportunidades para educação, cultura, economia e negócios. Segundo eles, isso envolve uma profunda transformação do modelo de negócios da radiodifusão e, conseqüentemente, de toda legislação sobre o assunto.
Além de melhorar a qualidade da imagem e aumentar o número de canais abertos, a TV digital poderá ser um vetor de integração social, alavancar oportunidades para a indústria eletroeletrônica e de informática, e abrir oportunidades comerciais para o Brasil em outros países.
Os organizadores programaram para os dias 16 a 18 de maio, no Hall da Taquigrafia, em Brasília, a realização de uma exposição temática sobre os padrões de TV Digital já em operação.
Em um estande coordenado pela Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) haverá uma mostra das pesquisas desenvolvias no Brasil sobre TV Digital. Serão apresentados os trabalhos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade de São Paulo (USP), Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), além, é claro, o do próprio CPqD.
