Em breve, a nuvem computacional estará tão integrada à vida das pessoas quanto a eletricidade: você usará o tempo todo, sabe que poderá contar com ela em qualquer circunstância, mas poucas vezes vai parar o que está fazendo para questionar onde estão armazenadas as informações e de que forma. Fato é que, assim como o uso de computadores e telefones celulares será multiplicado, em 2010 o Cloud Computing – ou computação nas nuvens – deverá sofrer grande expansão.
Atualmente, metade das aplicações pode ser armazenada na nuvem computacional. A outra metade ainda está mais segura ao contar com a infraestrutura tradicional de TI, sob proteção de um excelente firewall. Obviamente, avanços vêm sendo feitos no sentido de elevar esse percentual até 100%.
Por ora, muitos empresários ainda se questionam sobre como o cloud computing irá influenciar as operações, quais procedimentos têm de mudar, assim como quais são as alterações relevantes necessárias dentro do fluxo de trabalho e da cultura organizacional.
O monitoramento, bem como as questões de segurança e os custos relacionados ao cloud computing estão sendo aperfeiçoados. Mas, assim que essas questões forem sendo resolvidas, a nuvem computacional elevará os negócios a um patamar sem precedentes.
Primeiramente, democratizará a TI num sentido totalmente inovador. Se hoje assistimos a uma grande oferta de hardware enquanto o desenvolvimento de software ainda limita o investimento de muitas empresas, haverá uma completa democratização em todos os sentidos. Como já vem sendo cada vez mais comum nos Estados Unidos e Europa, crescerá a oferta de software grátis. As empresas pagarão pelo uso, sendo desobrigadas a fazer investimentos milionários.
Grosso modo, esse modelo de TI foi antes explorado pelos setores de imóveis, automóveis e, inclusive, trajes de festa. Ninguém mais será obrigado a pagar para ter; somente para usar é que pagará determinado valor. Não sendo novo na economia, esse modelo de negócios está comprovadamente predestinado ao sucesso, haja vista que as empresas poderão redirecionar seus investimentos para ganhar competitividade.
Ao invés de o cliente adquirir um software e solicitar manutenção e upgrade posteriormente, ele contrata uma "infraestrutura" de serviços que implica na alta performance e disponibilidade permanentes, assumindo apenas uma mensalidade. Ao juntarmos tudo isso, temos um modelo em que a computação (processamento, armazenamento e software) está em algum lugar da rede que é acessada remotamente, via internet. Isso é cloud computing. E esse é um modelo que promete movimentar as empresas brasileiras este ano.
*Guilherme Araújo é diretor comercial da Online Brasil, empresa de estratégias em tecnologias e negócios que há 17 anos atua em Data Center, Segurança, Virtualização e Sistemas.