O NavegaPará, programa paraense de internet em banda larga gratuita, deve chegar a 90 cidades até o mês de julho. A previsão é do secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do (Sedect), João Weyl. O programa, que está presente em 60 municípios com cem infocentros públicos, acaba de conquistar, junto ao governo federal, 210 novos infocentros com mobiliário, impressoras e pessoal treinado para monitoria. As verbas vêm do Ministério da Ciência e Tecnologia, via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O governo paraense também conquistou 11 antenas do programa Governo Eletrônico, Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), que, por satélite, levará internet a lugares remotos e de difícil acesso. De acordo com Weyl, essas antenas vão viabilizar pontos de acesso e operação de infocentros, sobretudo em municípios do sul do Pará, como Parauapebas, Itupiranga e Bannach.
Cada um dos 210 novos infocentros terá 11 computadores, uma impressora e pelo menos dois supervisores responsáveis pela monitoria, com bolsa mensal de R$ 245 oferecida pelo CNPq. "Além desses 420 novos monitores, aprovamos bolsas para 182, que atuarão em infocentros já implantados do NavegaPará, possibilitando o aumento do horário de funcionamento e beneficiando mais pessoas."
Com a ampliação do NavegaPará mais 30 cidades contarão com inclusão digital gratuita, cursos de informática, telecentros de negócios, acesso livre em praças e orlas e integração de órgãos públicos por internet de alta velocidade – já são mais de 1,5 mil órgãos interligados, entre os quais mais de 600 escolas.
Para o titular da Sedect, Maurílio Monteiro, o NavegaPará se insere num programa mais amplo, de induzir no estado um novo modelo de desenvolvimento, "no qual a produção e a circulação de informação são importantes agentes de competitividade". "Investimos mais de R$ 50 milhões no programa que inovou ao combinar fibra óptica com sinal de rádio para chegar a lugares distantes, atravessando alguns dos maiores rios e florestas do planeta", afirma. "Esta ampliação que agora se conquista é um reconhecimento do governo federal ao nosso esforço e à base tecnológica que montamos", finaliza Monteiro.
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