Grupo Telefónica reduz receita, mas avança no lucro

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A Telefónica, controladora da Vivo no Brasil, apresentou queda nas receitas no primeiro trimestre deste ano, segundo balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira, 10. Ainda assim, a companhia afirma que houve melhoria nas receitas de serviços (2,6%) e de handsets (15,6%), além de ressaltar um aumento acima de 10% no lucro líquido e de mais de três vezes no fluxo de caixa livre, enquanto ao mesmo tempo promoveu redução da dívida.

A receita do grupo totalizou 11,979 bilhões de euros no primeiro trimestre, uma queda de 1,7% comparada a igual período de 2018. Do total, 21% veio da operação brasileira, enquanto a sede espanhola continua com a maior fatia (26%).

O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) foi de 4,264 bilhões de euros, quantia 10,3% acima do registrado no ano anterior. A margem OIBDA foi de 35,6%, crescimento de 3,9 pontos percentuais. O grupo diz que houve impacto da nova padronização contábil IFRS-16, ganhos de capital com futuros direitos a portfólio, desinvestimento de ativos (impacto de 86 milhões de euros com a venda da Antares), custos de restruturação e hiperinflação na Argentina. Excluindo todos esses efeitos, o OIBDA seria de 3,730 milhões de euros, com redução de 3,9%.

O lucro operacional, por sua vez, totalizou 1,650 bilhão de euros, aumento de 0,7%. Já o lucro líquido atribuível aos acionistas foi de 926 milhões de euros, avanço de 10,6%.

O Capex total da companhia foi de 1,554 bilhão de euros, aumento de 4,3%, incluindo 18 milhões de euros com a aquisição de espectro na América Central. Assim, o fluxo de caixa livre gerado foi de 1,408 bilhão de euros, crescimento de 2,6 vezes acima do reportado no ano anterior. A dívida líquida financeira, que exclui aluguéis, totalizou 40,381 bilhões de euros, uma redução de 5,7% no comparativo anual.

Em comunicado, o chairman e CEO da Telefónica, José María Álvarez-Pallete, afirmou que os resultados mostraram "melhoria significativa nas tendências de crescimento de receita", além do aumento de dois dígitos no lucro atribuível. "A forte geração de caixa, que foi três vezes acima do que foi reportado no primeiro trimestre do ano anterior, permitiu uma aceleração na redução da dívida pelo oitavo trimestre consecutivo, fortalecendo mais nosso balancete", declarou. A companhia ainda reiterou os compromissos de atingir as metas para 2019.

No operacional, o grupo Telefónica encerrou março com 352,4 milhões de acessos. Ao todo, a companhia contava com 124,8 milhões de acessos móveis (avanço de 6%), dos quais 121,5 milhões eram de conexões LTE (aumento de 18%) e 166,2 milhões (3% acima) com smartphones. A operação fixa com FTTx/Cabo totalizou 13,6 milhões de contratos, aumento de 18%; e a TV paga registrou 8,8 milhões de acessos, acréscimo de 3%.
Vivo Brasil

No contexto do grupo espanhol e em euros, a Telefônica Brasil mostrou aceleração do crescimento da receita, especialmente em serviço móvel, "graças ao foco em clientes de alto valor". A companhia registrou receita de 2,563 bilhões de euros, queda de 5,2%. O OIBDA foi de 1,050 bilhão de euros, aumento de 6,9%. A margem avançou 4,6 p.p. e ficou em 40,9%. O Capex no período foi 2,1% maior, totalizando 396 milhões de euros. Assim, o fluxo de caixa operacional ficou "virtualmente estável" (queda de 1,2%), atingindo 654 milhões de euros.

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