A informação é do secretário de Inovação e Empreendedorismo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, Paulo Alvim, na 4ª edição do IoT Business Forum, realizado pela TI INSIDE nessa segunda-feira,10, em São Paulo.
O secretário de Inovação e Empreendedorismo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, Paulo Alvim, na 4ª edição do IoT Business Forum, realizado pela TI INSIDE nessa segunda-feira, 10, em São Paulo, disse acreditar que até o final do mês o decreto sobre o Plano Nacional de Internet das Coisas, acrescentando que as taxas de arrecadação pelo Governo serão definidas de acordo com a natureza dos projetos, que serão avaliadas por uma comissão especialmente formada para isso, que determinará a isenção ou níveis de percentuais que incidirão sobre os mesmos.
Ele destacou que o Ministério quer ser uma parceiro da indústria, por meio de pesquisas, investimentos e não porque pode ser uma fonte de impostos. "Queremos gerar empregos e postos de trabalho por meio da tecnologia. A possibilidade de usar a tecnologia, a um custo menor é sem dúvida o grande ganho que IoT traz, especialmente para países como o Brasil", enfatizou o secretário.
De acordo com Alvim, os processos de produção, em todo o mundo, precisam se inserir na economia digital, para se tornarem cada vez mais eficientes, autônomos e sustentáveis. "Como qualquer revolução, todas essas mudanças trazem ameaças e oportunidades aos países. Nós estamos trabalhando para permitir que o setor produtivo brasileiro esteja preparado para enfrentar as ameaças e aproveitar as oportunidades, colhendo os melhores frutos, com ganhos para a população do país".
A maioria das empresas em todo o mundo está ciente dos ganhos potenciais que a Internet das Coisas (IoT) tem a oferecer, porém muitas delas não tem certeza ainda de como implementá-la em seus modelos de negócios. Entretanto as possibilidades são muitas e viáveis, veja como o Brasil está se direcionando rumo a aplicação das tecnologia.
Em abril foi criada a Câmara da Indústria 4.0, coordenada pelo MCTIC e Ministério da Economia, que já realizou reuniões do Conselho Superior e dos Grupos de Trabalho. A próxima Câmara será a Agro 4.0, com previsão de criação em julho próximo já tendo sido iniciadas as tratativas com a Secretaria de Inovação do MAPA para coordená-la juntamente com o MCTIC. Na sequência, ainda sem datas definidas, serão criadas as Câmaras 4.0 das Cidades e da Saúde. Essas 4 câmaras terão que, entre outras responsabilidades, acompanhar as ações do do Plano IoT.BR. A ideia é promover os ecossistemas de inovação, reunindo os atores relevantes. O papel do MCTIC seria de articulação para que essas plataformas possam se desenvolver, porém sempre com apoio e recursos da iniciativa privada.
Outra iniciativa, lançada em dezembro passado, foi o Observatório da Transformação Digital, que reunirá uma série de conteúdos e se propõe a centralizar discussões, disseminar ideias e alinhar propostas sobre a Transformação Digital no país.
Também foi publicada a "Cartilha de Cidades" , uma iniciativa proposta pelo Estudo IoT e se que tornou o primeiro passo no sentido de buscar capacitar os gestores municipais em relação às Cidades Inteligentes. Já foi enviada para os 500 maiores municípios do país.
Alvim disse ainda que o MCTIC pretende acompanhar a implementação de 60 ações do plano de IoT; realizar parcerias internacionais; acompanhar projetos do BNDES e Embrapii; acompanhamento dos projetos pilotos de IoT; entre outras iniciativas.
Ecossistema
O painel "Desafios na Construção de um Ecosssitema de Fomento a IoT", contou com a participação de Thiago Faierstein, líder do Projeto de Cidades Inteligentes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Carlos Azen, gerente do Departamento de Tecnologias de Informação e Comunicação do BNDES: Werter Padilha, coordenador do comitê de IoT da Associação Brasileira de Software (ABES); Daniel Laper, head de IoT da American Tower; e Alexandra Muniz, gerente do Departamento Operacional da Finep.
Entre as exposições dos painelistas destacou-se a contribuição de IoT para o desenvolvimento do Brasil e na disseminação da cultura entre as empresas e poder público. "Mesmo estando Brasil dedicando-se às quatro áreas prioritárias indicadas pelo Plano Nacional de IoT: agronegócios, indústria, cidades e saúde, muitos projetos já estão se desenvolvendo de forma exemplar", comentou Werter Padilha da ABES.
Segundo informações da ABES, no Brasil são 46,6 bilhões de dólares de investimentos em IoT, sendo 10,5 bilhões de dólares em softwares. "As oportunidades em IoT no Brasil são enormes e já somos referência a mercados, como a China entre outros países", acrescentou Carlos Azen, do BNDES. E os volumes são realmente astronômicos. Segundo, Daniel Laper, a operação da Rede LoRaWan no Brasil já alcançou o volume de mais de 500 milhões de mensagens até o momento.