A Internet das Coisas (IoT) corporativa alcançará faturamento de US$ 3,3 bilhões em 2021. Na divisão por segmentos, aquele que gerará mais receita é a manufatura, com 24%, que ficará à frente de automotivo (22%), cidades inteligentes (19,2%), utilities (11%), agricultura (4%) e saúde (3,2%). A informação é de Renato Pasquini, diretor de pesquisa e consultoria da Frost & Sullivam, que participou nesta segunda-feira, 10, da 4ª edição do IoT Business Forum.
Segundo dados da consultoria, o Brasil já possui mais de 100 milhões de dispositivos conectados, excluindo celulares e considerando apenas equipamentos para o segmento corporativo (como carros conectados, leitores de rede elétrica e aparelhos para gestão de frotas entre outros). Em 2023, esse número deve passar de 400 milhões. Isso dá uma ideia de como este mercado ainda está crescendo e quanto ainda há por se fazer, e se expandir o uso pelos demais segmentos da economia.
A questão dos dispositivos só corrobora com outra grande vertente: o volume de dados e latência exigidos por aplicativos de IoT. Muitas empresas entraram na discussão sobre a adoção de Edge Computing, enquanto os padrões LoRa, Sigfox brigam com NB-IoT pela primazia no mercado, e aguardam a chegada do 5G.
Neste contexto, Sérgio Souza, vice presidente sênior para a América Latina da Kore, mostrou que apesar da imensa promessa da IoT, as empresas precisam aprender a lidar com sua complexidade. "Para realizar isso plenamente, as empresas devem fazer uma avaliação completa da capacidade de transformação da organização em torno da tecnologia e gerar uma estratégia de implantação", reforçou o executivo, falando das boas práticas do mercado.
Eduardo Iha, sales & business da WND Brasil/Sigfox Operator mostrou que o potencial de uso da IoT em diversos segmentos."Além de determinar as áreas prioritárias o Plano Nacional IoT, permite, uma oportunidade de focar e organizar os recursos.Vamos além, do ponto de vista de negócios – há uma perspectiva mais ampla – nosso modelo permite que vários negócios iniciem pequenos, sem grandes investimentos e depois escalem tanto em acesso quanto em rentabilidade. Ao meu ver isso é a democratização do acesso a todo tipo de negócios e segmento de empresas", enfatizou.