A IBM anunciou nesta quinta-feira, 10, que investirá US$ 3 bilhões nos próximos cinco anos em dois amplos programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para expandir os limites da tecnologia de chips necessários para atender às demandas emergentes da computação em nuvem e sistemas de big data. Somente no ano passado, a empresa gastou US$ 6,2 bilhões em P&D.
O primeiro programa de pesquisa denominado "sete nanômetros e além" abordará principais desafios físicos que estão ameaçando as técnicas de dimensionamento de semicondutores atuais, impedindo a capacidade de fabricação dos mesmos. O objetivo será reduzir os circuitos de 22 nanômetros (subunidade do metro, um bilionésimo de metro) para 10 nos próximos anos. No entanto, a escala de sete nanômetros, prevista até o fim da próxima década, talvez, exigirá um investimento significativo e inovação em arquiteturas de semicondutores, bem como na invenção de novas ferramentas e técnicas para a fabricação, segundo a companhia.
"A questão não é se vamos introduzir a tecnologia de sete nanômetros na fabricação, mas sim como, quando e a que custo?" disse John Kelly, vice-presidente sênior da IBM Research. "Os engenheiros e cientistas da IBM, juntamente com nossos parceiros, são bem adaptados para este desafio e já estão trabalhando em ciência e engenharia de materiais necessários para atender as demandas dos requisitos emergentes do sistema para cloud, big data, e sistemas cognitivos. Este novo investimento vai garantir a criação de inovações necessárias para enfrentar esses desafios", acrescentou.
Já o segundo programa será focado no desenvolvimento de materiais e tecnologias alternativas para aumentar a velocidade de computação, consumindo menos energia. Em particular, a IBM investirá significativamente em áreas emergentes de pesquisa que já estão em curso na companhia tais como nanotubos de carbono, fotônicos de silício, novas tecnologias de memória, e arquiteturas que suportam a computação quântica e cognitiva – duas áreas de ciência fundamental, onde a IBM manteve-se pioneira por mais de três décadas. As equipes envolvidas nos projetos serão compostas por cientistas da IBM Research e engenheiros de Nova York, Califórnia e Europa.
A IBM também anunciou que vai continuar a financiar e colaborar com pesquisadores de universidades para explorar e desenvolver as tecnologias futuras para a indústria de semicondutores. Em particular, a IBM continuará a apoiar e financiar a pesquisa universitária por meio de parcerias público-privadas tais como a NanoElectronics Research Initiative (NRI), a Semiconductor Advanced Research Network (STARnet), e a Global Research Consortium (GRC).