UE pode ter negligenciado prova em ação contra Intel

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O ombudsman da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, afirmou na sexta-feira, 7, que os órgãos reguladores antitruste falharam em não analisar uma evidência "possivelmente inocentadora" na investigação da Intel. De acordo com o The Wall Street Journal, o comentário do ombudsman, que seguiu as recomendações de uma carta de reclamação da própria Intel, traz à tona alguns procedimentos adotados pelo órgão europeu que normalmente são ocultados – a maioria dos processos tomam por base as acusações das empresas supostamente prejudicadas.
A investigação, encerrada em maio deste ano, sentenciou a Intel a pagar multa de US$ 1,45 bilhão por ter usado de sua posição de domínio no mercado de chips para forçar as fabricantes de PCs a usarem seus produtos. Mas, de acordo com documento ainda não publicado, mas já analisado pelo jornal americano, a Comissão Europeia negligenciou a ata oficial de uma reunião de investigadores do caso no qual um executivo da Dell, em agosto de 2006, classificou os serviços da AMD, principal concorrente da Intel, como "fracos". Segundo o documento, a afirmação implicaria que a Intel teria sido escolhida por razões técnicas e não por práticas monopolistas.
Na resolução do caso, a Comissão Europeia interpretou que, como todas as fabricantes de PCs estavam usando chips da empresa acusada, isso teria ocorrido por terem sido forçadas pela Intel. O ombudsman da Comissão Europeia, por meio do documento, classificou a atuação dos órgãos reguladores de "desorganizada".
Procuradas pelo jornal, nem a Intel nem a AMD, nem tampouco a Comissão Europeia, quiseram se pronunciar. A Dell disse apenas que já havia colaborado com os investigadores antitruste, mas preferiu não dar mais detalhes.

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