Quase um terço dos brasileiros já foi vítima de fraude por cartão de crédito

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De acordo com um novo relatório da IBM, 31% dos brasileiros entrevistados foram vítimas de fraude por cartão de crédito. Esse tipo de golpe financeiro é o mais comum em todos os países, mas os brasileiros são os mais preocupados com ele entre as nações pesquisas. Cerca de 85% dos brasileiros estão mais preocupados com questões de segurança financeira.

O Brasil também lidera na categoria de adultos "mais propensos" a comprar um produto de uma empresa que possui tecnologia de prevenção de fraudes, com 91%, seguidos pelos chineses (90%).

Apesar das preocupações, os cidadãos dos Estados Unidos foram vítimas com mais regularidade do que todos os outros países pesquisados no relatório. Isso custou aos consumidores norte-americanos uma média de US$ 265 por ano em cobranças financeiras fraudulentas feitas por terceiros não autorizados.

De acordo com o relatório, os norte-americanos são as vítimas mais frequentes de fraudes em cartão de débito de todos os países pesquisados. Os americanos também estiveram em grande porcentagem em casos de fraudes de cartão de crédito, bancária ou de pagamento digital.

No entanto, os usuários de cartões de crédito e débito dos Estados Unidos relataram a segunda menor quantidade de dinheiro perdido em cobranças fraudulentas entre os países pesquisados. Apenas o Japão relatou uma quantidade menor ainda de perdas nos últimos 12 meses, enquanto a Alemanha, de longe, foi o país mais vitimado, com os entrevistados perdendo mais de três vezes o valor financeiro total do segundo país na lista (Cingapura).

Na maioria dos países, os consumidores veem os bancos como a instituição financeira mais responsável pela prevenção de fraudes, com maior percentual no Brasil, enquanto no Japão as redes de pagamento foram as instituições financeiras mais responsáveis neste quesito. Na China, os entrevistados registraram a maior porcentagem de consumidores que acham que os reguladores governamentais são os maiores responsáveis pela prevenção de fraudes.

Diferenças entre gerações

O relatório também encontrou uma ampla gama de diferenças geracionais, já que os Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) são consistentemente as maiores vítimas de todas as formas de fraude, desde as com cartões de crédito e débito até carteiras digitais, pagamentos digitais, bancárias e fiscais.

GenXers (nascidos entre 1965 e 1980) relataram o segundo maior número de cobranças fraudulentas feitas por seus cartões de crédito ou aplicativos de pagamento digital, enquanto GenZers (nascidos entre 1997 e 2012) relatam o terceiro maior número de casos de perda de dinheiro como resultado de cobranças fraudulentas.

Os millennials também passam a maior parte do tempo tentando recuperar dinheiro perdido devido a cobranças fraudulentas, contestando e verificando contas por atividades fraudulentas ou incomuns de qualquer um dos grupos geracionais. Os GenZers gastam a segunda maior quantidade de tempo abordando atividades fraudulentas, seguidos pelos GenXers e Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964).

Os GenZs sofreram fraudes com mais frequência por meio de aplicativos de pagamento digital quando questionados sobre suas experiências usando aplicativos, incluindo PayPal, Venmo e Square, enquanto todas as outras gerações enfrentaram problemas de segurança financeira com mais frequência por fraude de cartão de crédito. GenZers também foram a geração menos impactada por fraude de cartão de crédito.

Enquanto os Millennials e GenZers estavam preocupados com a maior probabilidade de fraude financeira ocorrer por meio de seus aplicativos de pagamento digital, para GenXers e Baby Boomers, os cartões de crédito são a maior preocupação quando se trata de possíveis alvos de fraude.

Baby Boomers relataram os menores casos de cobranças fraudulentas em quase todas as categorias, também gastando menos tempo tentando recuperar dinheiro devido a cobranças fraudulentas ou contestar esse tipo de cobrança.

No entanto, quando discriminados por geração, os Millennials foram mais propensos a comprar de empresas com proteção contra fraudes, enquanto os Baby Boomers eram os menos propensos a fazê-lo.

Metodologia do estudo

O estudo foi encomendado pela IBM e conduzido pela Morning Consult, uma empresa terceirizada de pesquisa de mercado com sede nos Estados Unidos. O estudo foi realizado com 1.000 adultos em seis países: Estados Unidos, China, Cingapura, Brasil, Japão e Alemanha. O estudo foi realizado online e os dados foram estratificados para corresponder a uma amostra-alvo de adultos nos EUA, China, Cingapura, Brasil, Japão e Alemanha em idade e sexo, depois ponderados com base em idade, sexo, raça e nível de educação. Os resultados da pesquisa têm uma margem de erro de mais ou menos 3 pontos percentuais.

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