Brasil e Portugal querem ampliar parcerias em TI

0

Parcerias entre empresas portuguesas e brasileiras das áreas de informática e tecnologia da informação podem ampliar as exportações do Brasil para a Europa e fortalecer a indústria nacional frente à Índia.
Segundo o diretor da Associação Nacional de Empresas de Tecnologias de Informação e Eletrônica de Portugal (Anetie), Fernando Fernández, o Brasil conhece pouco as empresas portuguesas do setor de software e TI, por isso, uma delegação lusa visita amanhã o país com o intuito de estreitar as relações entre as duas nações.
"O objetivo é divulgar o setor, mostrar como ele opera", disse Fernández. Ele aponta que cada vez mais as empresas portuguesas estão ultrapassando as fronteiras nacionais e se voltando para os mercados europeu e africano. "Nós queremos crescer para além do mercado português. Mas também precisamos nos reforçar, porque somos poucos. E não podemos atacar a Europa sozinhos. De modo que a parceria com as empresas brasileiras pode ser muito interessante para complementar o que sabemos fazer."
Existem atualmente cerca de 4 mil empresas de TI em Portugal, enquanto no Brasil somente o estado do Rio de Janeiro abriga aproximadamente 5 mil empresas do setor.
O diretor do Sindicato das Empresas de Informática do estado (Seprorj), Alberto Blois, afirmou que o Rio está promovendo uma nova onda de aplicações e de inovações ligadas à área de mobilidade e internet, investindo sobretudo em empresas mais jovens. "O que a gente está tentando fazer é uma revolução na área de tecnologia. E a tecnologia pode ser um grande estímulo ao desenvolvimento social, porque são bons salários, bons empregos, empresas que não poluem, que funcionam só com a cabeça. E uma coisa é certa: empresa de informática, para crescer, precisa dar emprego. Precisa ter mais gente desenvolvendo dentro dela", destacou Blois. Para ele, essa é uma atividade que proporciona crescimento sustentável e saudável do ponto de vista econômico e ambiental.
O diretor do Seprorj observou também que a tendência de internacionalização do setor de TI brasileiro é um caminho sem volta. Lembrou que o Brasil tem um mercado interno grande e aquecido, mas que as empresas precisam se preparar para ganhar o mercado internacional. "Nesse sentido, a gente está buscando em Portugal, principalmente, parceiros para internacionalizar. A visão é fazer negócios."
Segundo Blois, a internacionalização vai promover desenvolvimento importante para as empresas e para o setor em geral, como competência técnica e comercial. Ele destacou o grau de inovação e competência apresentado pelas empresas brasileiras e portuguesas, o que pode ser favorável à maior concorrência com a Índia.
Fernando Fernández acrescentou que as companhias bilaterais do setor de TI têm capacidade técnica e de inovação muito grande. "É uma coisa da nossa cultura em comum." "A grande vantagem das empresas de informática e TI do Brasil e de Portugal, entretanto, é a capacidade de perceber as necessidades dos clientes", afirmou. "Essa é a nossa grande vantagem competitiva em relação aos indianos e aos chineses. É compreendermos o negócio, inovar no negócio do cliente e trazer valor agregado."
A meta da Anetie e do Seprorj é aumentar o número de empresas de TI nesse processo, incentivando novas parcerias, novas fusões e joint ventures, disse Blois. As informações são da Agência Brasil.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.