HP aposta no crescimento do mercado móvel com nova linha de workstations

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Nova York, EUA — Na era da mobilidade, até as estações de trabalho precisam ser otimizadas para uso fácil e dinâmico, sem perder sua performance e robustez. Essa é a tese e ao mesmo tempo a aposta da HP, que acaba de lançar uma linha de workstations, formada por notebooks até 10% mais finos e até 7% mais leves (os modelos Zbook 15 e 17), incluindo o primeiro ultrabook da categoria — o Zbook 14.

Apresentados durante conferência realizada na semana passada em Nova York, os novos equipamentos da linha Zbook, que devem chegar ao mercado brasileiro entre outubro e novembro, prometem oferecer aos usuários toda a perfomance de uma estação de trabalho com a flexibilidade de um dispositivo móvel. A empresa estima deter hoje cerca de 42% do mercado de mobile workstations, com crescimento constante de um a dois dígitos desde 2012.

"O mercado de workstations cresce 7% trimestre a trimestre. Eventos como os Jogos Olímpicos e outras oportunidades farão com que continue crescendo. O cliente de workstation quer um fabricante que combine design e performance", disse o vice-presidente e gerente geral da unidade de soluções comerciais da HP, Jim Zafarana, destacando que a HP embarca cerca de 1,5 milhão de workstations por ano globalmente. 

Uma das usuárias das workstations da HP, a Cannon Design, empresa de design de ambientes, realizou grandes projetos em Vancouver e Londres e colabora para alguns em andamento no Brasil. Com atuação também na área de saúde, a empresa participou da renovação do design do prédio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, em 2010.

Por conta de projetos complexos como construção de hospitais e estádios, produção de filmes e vídeos, design, entre outros, os consumidores querem e necessitam de novas tecnologias em suas estações de trabalho. Para isso a HP diz que procura inovar com diferenciais, como uso da tecnologia Thunderbolt, da Intel, que tem como principal atrativo seu poder de transferir dados a uma velocidade de 10 Gbps, o dobro da oferecida por seu principal concorrente, o padrão USB 3.0. "Chega a um ponto em que o cliente tem de escolher se quer esperar uma tecnologia nova aparecer na fabricante que já usa ou mudar para a fabricante que está inovando", ressaltou Zafarana.

Mesmo com o crescimento da mobilidade, o executivo acredita que ainda haverá mercado para os desktops, que coexistirão com os novos produtos móveis. "Os clientes mostram que precisam de mobilidade para projetos in loco, mas na hora de editar, organizar o trabalho pesado, eles preferem suas workstations fixas." A oferta de aplicações também é importante para expandir esse mercado. Por isso, a HP mantém parceria com diversos fornecedores de software e aposta em soluções de big data e analytics e monitoramento em tempo real para oferecer um portfólio completo aos clientes.

América Latina e Brasil

A HP afirma liderar a participação no mercado de workstations na América Latina, apesar de não revelar números. Segundo a gerente de negócios para as Américas da empresa, Yolanda Camberos, a região apresenta grandes oportunidades impulsionadas principalmente pelas indústrias de petróleo e mineração, cinema, design e arquitetura.

A executiva destacou que, em termos de volume de vendas, México e Chile apresentam grande potencial, mas dependem também das verticais da indústria. "Petróleo é maior no Brasil, com a Petrobras sendo nossa principal cliente." Segundo ela, a empresa espera expandir os mercados latino-americanos, tanto em alcance de clientes como em volume de vendas. Por isso, aposta nos parceiros de vendas locais, responsáveis por cerca de 50% das vendas realizadas pela empresa na região.

Em termos de investimento, a HP reitera que a fabricação no Brasil foi uma grande aposta. "Uma das razões de ter uma fábrica do Brasil são os nossos grandes clientes, como a Petrobras", ressaltou o vice-presidente de gerenciamento de produto e soluções comerciais globais da HP, Jeff Wood. "Temos especialistas de vendas locais no Brasil e estamos muito focados nas oportunidades no país. A maioria das oportunidades de workstations surgem antes de grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, com foco na construção, infraestrutura, transporte, transmissão ao vivo, mídia etc. Tudo precisará de infraestrutura com uso das workstations."

Para os próximos anos, a HP espera uma recuperação do mercado por conta de instabilidade econômica, além de deslanchar seu processo de reestruturação. "Teremos a tecnologia que impulsionará adoção de produtos, como o primeiro ultrabook workstation, o que abre novas portas no mercado", disse Yolanda. Ainda assim, ela reitera que o sistema de impostos mais complicado no Brasil pode fazer com que os clientes mostrem uma resposta diferente em relação a outras localidades.

A jornalista viajou para Nova York a convite da empresa.

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